ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Recapitulando.
Alguns abriram um velho boletim, lá de 2010, que estou republicando, pois acho que podemos meditar nele.
Boletim 59, de
17 de novembro de 2010.
HISTÓRIAS QUE, Eu conto para vocês.
Lembram
que relatei ter conhecido no arvoredo da Quinta alguns pés de café e algodão. Não
assisti suas colheitas pois eles já eram improdutivos, mas como o café chegava nas fazendas em grãos, muito ajudei a torrá-lo nos
tachos de cobre, que depois era "pilado", até ficar "moído". A banha era produzida nas fazendas, única gordura com que
se cozinhava, além da "graxa dos tutanos", com que se fazia o feijão,
o qual nunca poderia ser requentado. O pão, bolachas, broas, e tudo o mais
era produzido nas fazendas, como roupas, colchões, travesseiros, cobertores, para não falar na quantidade de gente que ali vivia. 90% da população morava no campo, e 10% nas cidades. Hoje inverteu! Então, as fazendeiras levantavam de madrugada para o duro serviço, e quando deitavam também não
descansavam. Um mundo que vivi. Hoje vivo num outro mundo onde não existe mais
fazendeira. Lá elas ficam depressivas, com o nada por fazer. Tudo está pronto,
e o que não está pronto as máquinas aprontam. Mesmo, não tem mais gente nas
fazendas, e se tem, eles que façam as suas comidas.
FECHANDO A PORTEIRA.
A riqueza e a felicidade.
Recebi
e-mail de uma amiga, onde Max Gehringer se refere à livros e artigos com
receitas para se ficar rico, que contesta, inteligentemente. Relata que se não
tivesse comido suas muitas pizzas, bebidos os milhares de cafezinhos, feito
suas múltiplas viagens, comprado seus vários supérfluos, teria 500 mil reais em
sua conta bancária, concluindo que aquele dinheiro só serviria para fazer tudo
o que fez, promovendo a sua felicidade. Não quero contestá-lo, quero adicionar
minha vivência. Conheço centenas de amigos, que são imensamente felizes, e
sequer conhecem Porto Alegre, nunca comeram pizzas, nem tomaram cafezinhos em
balcões, ou compraram supérfluos. Felicidade consiste em amar a si próprio.
Traduzo: "si próprio" é Deus.