quinta-feira, 28 de abril de 2016

Boletim 272.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ainda o amor.
Já disse que é um tema inesgotável, e o Galo Velho já falou dele muitas e muitas vezes. Agora é o Papa Francisco que toca no assunto, e tudo que vier desse Papa, único argentino que devemos curvar o "corincho", daremos atenção. Ele assim se manifesta: "O que entendemos por "amor"? Só um sentimento, uma condição psicofísica? Certamente, se é assim, não se pode construir nada sólido. Mas o amor é uma relação, então é uma realidade que cresce , e também podemos dizer por exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa é construída em companhia do outro, não sozinhos! Não queiram construí-la sobre a areia dos sentimentos, que vão e vêm, mas sim sobre a rocha do amor verdadeiro,  o amor que vem de Deus". E acrescenta.
"Três palavras mágicas para fazer o casamento durar:
"Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante, que tem regras que se podem resumir exatamente nestas três palavras: 'posso', 'obrigado' e 'desculpe'".
Obs.- Verdadeiramente, quem agora em novembro irá completar 59 anos de felicidade conjugal, medita muito nestas três palavras. Façam o mesmo, e felicidades ao casal. 

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Boletim 271.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Nossas Escolhas.
A todo momento temos uma escolha pela frente. Uma calçada a ser trilhada, o elevador, o táxi, o sorvete, e por aí à fora. Desde que nascemos e até na hora de ir embora. Os nossos cinco sentidos são os maiores responsáveis por nossas escolhas, entretanto, muitas vezes, uma tal de intuição se intromete no caminho, e lá vamos nós navegando ao sabor de nossos destinos. A intuição não tem nada a ver com nossas mentes. Um não se intromete no caminho do outro, e é nesta hora que me paro a sismar. Será que não podemos treinar nossas mentes fazendo que desenvolvam nossos "discernimentos", evitando tropeços tão comuns em nossas escolhas? Intuição, mente e um destino! Quanto mais sismo, mais me dou conta que não fazemos as coisas acontecerem, e sinto vontade de crer nos turcos que dizem: "Tudo está escrito".  

terça-feira, 12 de abril de 2016

Boletim 270.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Emoções.
Não foi só o rei Roberto Carlos que focou o assunto. O psiquiatra e psicoterapeuta Augusto Cury, autor de 25 milhões de livros vendidos só no Brasil, escreveu "Gestão da emoção", que passo a comentar.
"Pode-se dirigir uma firma com milhares de empregados e, ao mesmo tempo ser incapaz de dirigir a mais complexa das empresas, a única que não pode falir: a mente humana. Pode-se ser multimilionário, e saber ganhar dinheiro como poucos, e ainda assim, mendigar o pão da alegria e da tranquilidade. Há mendigos que moram em palácios".
Conheço milionários de alegria e tranquilidade que moram em ranchos. O texto grifado acima é a introdução do livro, que aconselho meus amigos a lerem. Diz ainda na introdução do livro: "Técnicas de 'coaching emocional' para gerenciar a ansiedade, melhorar o desempenho pessoal e profissional e conquistar uma mente livre e criativa".
Para concluir e não me alongar, ele ensina cinco práticas, que transcrevo abaixo, evitando aposentarmos nossas mentes, o que compromete a tarefa de acessar nossa memória e construir cadeias de pensamento, fugindo mesmo do Alzheimer:
1- Provoque a memória através dos jogos, como xadrez, damas, cartas;
2- Estimule a socialização através de atividades físicas;
3- Desenvolva o altruísmo, participando de atividades filantrópicas como um agente atuante, e não como um investidor passivo;
4- Refine a arte de contemplar o belo;
5- Realize atividades lúdicas e prazerosas que fomentam o sentido da vida e a motivação de viver, como reuniões, debates, escritas, pintura.
O pouco que aprendi na vida é que viver é bom, muito bom, mas com saúde física, mental e espiritual. Vamos fugir um pouco da materialidade.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Boletim 269.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
(De um boletim de 2011) 
Segurando o amor.
É preciso que vocês prestem atenção no que vou escrever.
-Ele a ama, ou ela o ama. Amor profundo, mas sem a entrega do imenso amor que carregam dentro do peito. Pode? Eu vi, pois presto atenção na vida. Coisas de velho. Não é só ele, ou ela. É um monte de viventes, e espero que tu não te encontres entre eles. Muitos julgam "preservar" dentro de si aquilo que sabem ser "ouro alquímico", e que julgam sua propriedade. A diferença é que o amor não tem dono. Não nos pertence. Vejam que estou falando do verdadeiro amor, daquele sem egoísmo, pois por direito pertence a Ele, que o "construiu" dentro de nós. Quem escreve viveu no tempo do "puro machismo", quando a arrogância e o egoísmo predominava nas relações humanas. Sejam humildes, pois a entrega de nossos sentimentos não nos fará falta. Digam, que falta me fará entregar o "meu querer" a alguém, e este alguém não o querer? Quanto mais se dá, mais se recebe. O difícil é se dar, sem pedir nada em troca. Uma lição de Cristo, que a humanidade está esquecendo.


segunda-feira, 28 de março de 2016

Boletim 268.

ABRINDO A PORTEIRA.
O mosquito e a política.
Não dá para entender como o mosquito lá do Egito custa a morrer, assim como o PT custa a acabar de vez. Uma grande parcela da população não aguenta mais falar em mosquito e Lula. Na realidade queremos a normalidade das coisas, mas o que está ocorrendo é demais. Nossa tranquilidade está contaminada. Um susto sobre outro. Agora tem nova doença transmitida por mosquito, como tem novidades sobre a política. Não acaba nunca. É como se houvesse terrorista detonando bombas entre nós. Mas considerando que o 30 de março está chegando, também chego a ter saudades de 1964. Espero que vocês, assim como eu, nada devendo, nada temamos.

GALPÃO.
13 de maio de 1988.
O Galpão do Galo Velho comemorava o Centenário da Escravatura no Brasil. Abaixo extraído da Wikipédia:
Lei Áurea, oficialmente Lei Imperial n.º 3.353, sancionada em 13 de maio de 1888, foi o diploma legal que extinguiu a escravidão no Brasil. Foi precedida pela lei n.º 2.040 (Lei do Ventre Livre, de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e pela lei n.º 3.270 (Lei Saraiva-Cotegipe), de 28 de setembro de 1885, que regulava "a extinção gradual do elemento servil". 
Mais abaixo o patrão se abraça em dois negros funcionários da Agropecuária Sant`Anna, simbolicamente acorrentados no mesmo sentimento de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.


terça-feira, 22 de março de 2016

Boletim 267.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A insatisfação.
Um tema difícil. Eu iria dizer brabo mesmo de ser abordado, mas é necessário meditar nele. Outro dia ouvi um amigo dizer: Ah, se arrependimento matasse! Foi aí que meditei. Jamais devemos nos arrepender daquilo que fazemos, por maior que seja o nosso erro. Dá para entender? Creio que haverá arrependimento quando prejudicamos à terceiros. Isso sim. Aqui estou me referindo aos erros que nos arranham. Chegamos naquilo que se chama amor próprio, que pela definição abaixo, extraída do Google, diz que não devemos guardar raivas. Raiva de si próprio é terrível, um crime contra o Pai Celeste, que nos construiu à sua semelhança.
"Quem se ama de verdade, procura possuir controle emocional, procura compreender as pessoas, estar sempre, ou a maior parte do tempo, de bem com a vida e esquecer a opinião alheia, não guarda raiva, rancor, está sempre disposto a perdoar e ter coragem, confiança e segurança para recomeçar".

domingo, 13 de março de 2016

Boletim 266.

ABRINDO A PORTEIRA.
O perdão.
Certamente já me referi ao tema lá atrás. Tenho de fazer um arquivo para não reler tudo que escrevi, buscando uma "não repetição". 
O verdadeiro perdão é medido pela velocidade com que se perdoa. Cristo mostrou o que seja perdão instantâneo, ao ofertar o outro lado da face, ao receber o primeiro tapa. Não sei quanto tempo tu levas à perdoar, mas eu afirmo que comigo não passa de três dias, por mais grave que tenha sido a ofensa. Aliás, pouco tenho sido ofendido nos últimos tempos, e creio que isso se deve ao fato de também não agredir ninguém. 
Meu avô, Cel. Ney Xavier Azambuja, revolucionário em 1893, época de muitos ódios, assim ensinava: "Quando me ofendem, costumo escrever uma carta àquele, onde digo os maiores impropérios. Após a escrita guardo-a na gaveta da mesa de cabeceira. No dia seguinte rasgo a carta e jogo fora.


HISTÓRIA QUE A INTERNET ME CONTOU.
A Televisão.
Como rotariano assisti muitas palestras sobre o tema TV, e uma delas, que até hoje tenho gravado na memória, foi muito bem proferida por meu primo, Dr. Ruy Rodrigo Azambuja, no Rotary Club de Porto Alegre, onde ele era sócio. Assim a mensagem abaixo vai ajudar.


Um padre colocou um vídeo nos telões da Igreja, a globeleza dançando seminua  toda pintada e, o vídeo durou uns 5 segundos.
O povo da Igreja ficou todo escandalizado, então o padre perguntou:
- “Alguém se incomodou com esse vídeo aqui na casa de Deus?”.
É claro que o povo se incomodou, mas não falaram nada, então ele disse:

- “Aqui na casa de Deus não é lugar de passar essas coisas, mas na casa de vocês isso passa o dia todo, nas novelas ensinam seus filhos e filhas como trair seus maridos e esposas, a mentir, a um homem a beijar outro homem na boca e vocês não fazem nada! Será que a casa de vocês não é também a casa de DEUS? Hipócritas, são os que se escandalizam quando falam dos erros que ocorrem na casa dos outros, na Igreja do outro, na vida do outro, na religião do outro... E se esquece dos erros que comete em sua própria  casa.”.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Boletim 265.

ABRINDO A PORTEIRA.
O Eu.
Outro dia um amigo reclamou por eu usar  a primeira pessoa do singular. Não posso falar de vocês, a quem devo respeito, portanto, só resta dizer de mim. Se passar a falar dos outros me tornarei um "linguarudo", igual aquele programa da TV onde o apresentador diz: "OK. OK. OK. Lá vem bomba!". Viver é percorrer o espaço que Deus me deu para aprender a lição, basta prestar atenção neste grande e lindo livro da vida. Sinto o quanto ela é bela, e ao sentir também os seus problemas. descobri que é com eles que consigo crescer. Ninguém sucumbe à problema, só aquele que se acovarda e foge dele. Assim vou falando de mim, e contando aquilo que minha consciência fala. Rezo para que minha voz seja sempre mansa.


GALPÃO.
Respeito.
O primeiro dos 7 Mandamentos do Galpão do Galo Velho é o RESPEITO, e lá está escrito: "Para manter a amizade e alcançar a PAZ". Fui falar em respeito à vocês lá em cima, agora me abraço no tema, buscando ensinamentos da vida - Respeito é o primeiro passo para se alcançar uma boa amizade. É necessário respeitar os defeitos do outro, apreciando suas virtudes. 
Coloco abaixo a placa de PAZ e RESPEITO que enfeita uma parede do Galpão do Galo Velho, numa homenagem ao meu velho Pai, Mário Silva Azambuja, o fundador da Fazenda Sant`Anna.


Sabem, aquele lenço colorado, enfeitado com tope maragato, tenho até hoje entre meus guardados, e quando me pilcho (coisa rara) o ostento orgulhoso. Pena que perdemos o distintivo do PL (Partido Libertador) que sempre usava sobre o tope. Guardo sua lembrança sem lágrimas, mas com minha consciência doída por não lhe ter dado a minha presença, quando mais ele necessitava. Dei-lhe tudo o mais, achando que era tudo, mas hoje sei que não era nada.








quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Boletim 264.

ABRINDO A PORTEIRA.
A música.
Ela deve fazer parte do nosso dia a dia, seja até mesmo as barulhentas. Claro, minha geração é mais lenta, e por tal não esquenta. Creio que ela viveu tão pouco tempo, por não ter acesso à música do rádio, já que ao nascermos somente tínhamos as galenas, que nem vou gastar letras descrevendo-as, os curiosos que cliquem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Galena . Nossa música era o cantar dos pássaros, o escorrer das águas, e a melodia do vento. Hoje muita coisa se acabou, mas há evolução, pois estamos nos deslocando e assistindo a vida, coisa que minha geração não conseguiu. Há evolução e desafio os céticos provarem o contrário. A vida continua bela, florida e cantante, basta cuidar da saúde, buscar segurança e absorver cultura. Vivamos! Dando o devido valor ao dinheiro. 

GALPÃO.
Um encontro.
Outro dia me encontrei com um amigo e irmão lá de  São Lourenço do Sul, terra de encanto e poesia. Ele se chama Pandiá Cardoso, a quem o Grande Criador ofertou o dom de uma bela voz, grave e melodiosa. Sou ligado em vozes graves, no destaque à Andéa Bocelli. 
Com a devida autorização do Pandiá publico abaixo a música que ele canta, a letra de Léo Ribeiro e musicada por Adão Quevedo da Silva. O disco será lançado no dia 30 de abril próximo, em São Lourenço do Sul.



Apreciem a bela letra da poesia de Léo Ribeiro:


Sorvo do estribo o último mate deste domingo
que foi bem lindo, de prosas brandas e sem alarde.
O sol se pondo, as curucacas vindo pras casas,
tropéis de asas sonorizando um fim de tarde.

O teu silêncio é quase um grito pra que eu não vá
e vem de lá da estrada longa rojões de ventos.
Tudo se aninha pra que eu apeie e solte o pingo.
porque um domingo pra tanto amor é pouco tempo.

Mate do estribo (mate do adeus) é o mais amargo,
em tragos largos eu vou sorvendo bem aos pouquinhos.
Tal qual a seiva que agora mata a minha sede
teus olhos verdes eu vou levar pelos caminhos.

Por estes dias só vou beber mates de espera,
pelas tigüeras, pelos varzedos, pelos galpões,
e um mate doce com a vó bugra, só por lembrança,
da minha infância que foi embora com as ilusões.

E quando a noite se vier pro rancho com seu negrume
tendo por lume um fogo grande que sobe a esmo
na solitude que me arrincona onde nasci
pensando em ti vou chimarrear comigo mesmo.

Mates do estribo... já sorvi muitos por toda a vida
as despedidas andam comigo desde menino
porém agora que encontrei  a flor-do-campo
os seus encantos hão de mudar o meu destino.

Que passe logo esta semana cá nestes fundos
onde meu mundo não vai além deste horizonte
porque o domingo é o dia santo que me acalma
bebendo a água mais clara e pura de tua fonte.







quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Boletim 263.

ABRINDO A PORTEIRA.
Para onde vamos?
Vou encerrar as interrogativa, voltando àquela que mais preocupou meus leitores - Para onde vamos?
Escrevi numa outra: "No final daquele helicoidal colorido (DNA) encontrarão Deus". Bem, vou dizer para onde eu irei. Vou para onde forem meus genes! Cuidem para não interromperem a continuidade de vocês. Estarei sempre presente naqueles que vierem depois de mim, conduzindo meu DNA, pois nele está presente Deus, visto que Ele me fez à Sua semelhança. Eu estarei nEle, como Ele estará em mim. Não serei eterno, mas sou fruto do amor, que é eterno.


GALPÃO.
Iº Redomão do Camaquã.
Só quem é vovô entenderá e perdoará minha vaidade. Aqui no Sindicado Rural de Camaquã, uma comissão de filhos de associados da A.C.C.C. - Associação de Criadores de Cavalos Crioulos de Camaquã organizou o Iº Redomão do Camaquã, quando se apresentaram mais de 30 concorrentes, entre eles cabanhas de ponta de vários município da região. Meu neto, Ramiro Chagas Azambuja, filho do meu Castiano campeiro, Luis Mário Azambuja e Majô Chagas Azambuja, com 38º de febre, pelo estouro dos dois sisos, concorreu na grande prova e se classificou em 5º lugar. Para quem não sabe é necessário dizer que nesta prova do Redomão, o potro deve ser domado em 21 dias pelo concorrente, sendo que o animal deve vir do campo indomado. Abaixo o Ramiro esbarra o Imperador da Sant`Anna.




HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Os gambás.
Pois a história dos gambás lá de Santa Catarina me fez lembrar de outra aqui do velho Guaraxaim. Meus tios, Lauro Azambuja e Silvio Luiz percorriam as granjas de arroz em fiscalização, num tempo em que os gambás perderam as botas. Chegaram então na bolanta do Sadi Scherer, grande amigo de nossas famílias, quando o Sadi ofertou um almoço com carne de uma lebre recém caçada. Meu tio Silvio não quis comer, e após o almoço o Sadi, depois de ouvir elogios, virou-se para o tio Lauro e disse: sabes Lauro a carne que comeste era de um gambá. Meu tio Silvio, que era um homem violento, disso ao Sadi: Se eu tivesse comido desta porcaria estarias a esta hora dormindo com um soco na tua cara. 

FECHANDO A PORTEIRA.
Os netos são realmente filhos com açúcar. Eles não erram nunca, e tudo aquilo que corrigimos nos filhos, deixamos de corrigir nos netos. Olhamos os netos como uma continuidade, buscando neles uma sombra de nós mesmos, um pedaço nosso que continuará neles. Imaginem quem esteja alimentando o sonho de um bisneto!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Boletim 262.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Quem somos?
Depois da interrogação de "onde viemos" resta a "quem somos?". Se aqui chegamos, depois de tantos milhões de anos, estaremos transformados em algo melhor. Na última coluna de David Coimbra em Zero Hora (11/02), que aconselho não perderem, ele afirma que um povo depois de construir sua civilização é dominado por outro povo, bárbaro e inculto, já que o civilizado descuida de sua segurança. Cita ainda o que ocorreu através dos séculos, com os países cultos e desenvolvidos, dizendo que o povo civilizado é feminino, pois aos homens cabe matar e morrer. Pinço uma frase sua, em referência à nossa atualidade: "Nunca, na história do mundo, a civilização chegou a tal ponto de humanização, de cultura, e de respeito às diferenças".  
Então se somos cultos e respeitamos às diferenças, largo da interrogação e vou à afirmativa: nosso povo brasileiro chegou a tal ponto de humanização, cultura e respeito às diferenças, que pouco está ligando para a corrupção que nos corrói, para a falta de respeito aos professores, para o desastre da saúde pública, e para a falta de segurança pública - porque o brasileiro aprendendo a respeitar as desigualdades sociais, elegeu até mesmo um analfabeto como presidente da Pátria Amada, e uma pupila para continuar o descalabro!
Desculpem. Não uso da política em meus escritos, por ojeriza à mesma. Amenizo com "A Oração", com Andrea Bocelli e Heather Headley, orando para dar sabedoria ao povo brasileiro.




          

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Boletim 261.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
De onde viemos?
Sei, as perguntas estão ficando cada vez mais difíceis, mas em compensação a vida fica cada vez mais fácil. Tenho um filho que se preocupa com a multiplicação das almas pelo Mundo, imaginando que não poderemos vir de um renascer. Verdadeiramente o tema é tão difícil, como aquele outro, para onde vamos? O destino não nos pertence, e sim a um Arquiteto do Universo, a quem certamente prestaremos explicações de nossos atos. Mas se a felicidade é a busca final, para que complicar com tanta curiosidade. Será que não podemos confiar em nossos próprios atos, sabendo que estamos trilhando o caminho certo? A última é que querem modificar nossos DNA, na busca de curar doenças. Eu afirmo, que no final daquele helicoidal todo colorido, encontrarão Deus.
Se me perguntarem de onde vim, responderei que vim de um útero limpo e puro de uma mulher, e de um espermatozoide sadio de um homem, construído com amor, que é o princípio, e deverá ser o fim de nossas existências, pois Deus é a origem do amor.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Boletim 260.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Para onde vamos?
Outro dia fui falar no que viemos fazer aqui, e agora faço outra pergunta muito mais difícil. Para onde vamos? Qual o nosso destino? Uns estão pensando no céu e outros no inferno, enquanto outros tantos pensam em retornar em outra vida, aqui na Terra ou quem sabe em outro espaço. Temos de concordar que tudo é muito amplo, um verdadeiro Infinito. Se me perguntarem darei uma resposta vaga, como vago é o Infinito - "Não estou preocupado com o que me aguarda, e até mesmo penso pouco no caso. Procuro fazer a minha parte da melhor maneira possível, e se puder merecer alguma dádiva, gostaria de me encontrar com quem tanto amei, e tanto me amaram. Faço disso uma forte oração, sabendo que o amor não se acaba". 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Boletim 259.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O que viemos fazer aqui?
Creio que existe três tipos de pessoas. Aquelas que pensam só em si. Aquelas que pensam nos outros, e aquelas que não pensam. Já que um de nossos objetivos é o de ser feliz, a pergunta que devemos fazer é qual dessas pessoas será a mais feliz. Afirmo que qualquer dos três tipos terá a mesma possibilidade de felicidade. 
Então, o que as distingue? Meditei muito, e peço que vocês façam o mesmo. Minha conclusão é que elas serão distinguidas pelas obras que irão construir. Aquelas que não pensam, nada construirão. Aquelas que só pensam em si, certamente irão construir uma bela obra material, que infelizmente não será perene. Então, aquelas que pensam nos outros irão construir o AMOR! O amor será perene? Certamente que sim. Jesus o pregou há 2.016 anos atrás, e ele continua intacto. Os homens é que não  o entenderam. 



terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Boletim 258.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A Internet.
Hoje ela é uma ferramenta indispensável na nossa atividade diária. Com toda minha quilometragem uso-a diariamente, entretanto, não sou viciado nela. Assusto-me com as pessoas caminhando e assistindo-a em seus celulares, muitas vezes sem se importar com as demais pessoas, e até mesmo com o trânsito, principalmente quando estão dirigindo. Então, permitam a vaidade de um avô. Recebi de um amigo do peito, que hoje é virtual, algumas piadas sobre a internet, e me debrucei na sabedoria do menino abaixo.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Boletim 257.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Mário Quintana.
Recebi do meu Irmão, Parceiro e Amigo Ignácio Mahfuz, e não me permito esquecer de repassar aos demais. Todos sabem da sabedoria do Quintana, mas poucos conhecem todas suas sabedorias. Apreciem:




quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Boletim 256.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Um amigo.
Eles tornam-se cada vez mais raros. Sabemos que é a falta de convivência, ou a falta de tempo, o que tanto tem atrapalhado os dias de hoje. Os amigos tornam-se virtuais, encontrados nas letras de e-mails, por vezes tão abreviadas, que nem dá para entender. Dirão que é o modernismo, pois busco me misturar nele, para não morrer no silêncio. Não quero remar contra a correnteza, mas fico lembrando do Apparício Silva Rillo: "A vida é como uma sanga, tem uma só direção, e mal comparando somos como uma folha ressequida, que na tal sanga de vida vai levada de roldão". Assim é que o passado me alimenta, e peço a paciência de vocês para voltar 50 anos, no tempo das minhas caçadas de todos os fins de semana, e do encontro com o meu amigo, o sempre saudoso Willy Hoff, meu Irmão, Companheiro de Rotary, e Parceiros nas horas boas e ruins. Achei a fotografia com um pequeno verso, que tanto me fez meditar.


Uma barraca, um cão e o mate,
gozando paz de afastados problemas.
Não há fotógrafo que retrate,
viver feliz dos distantes dilemas.

barraca, um cão e um mate,
Gozando paz de afastados problemas.
Não há fotógrtrate,

viver feliz dos distantes dilemas.

viver feliz dos distantes dilemas.

 viver feliz dos distantes dilem

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Boletim 255.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ano Novo.
Vocês sabem de uma coisa? Acho que não devo exigir nada do Ano Novo que começa hoje. O Velho, que passou, trouxe minha família intacta e com saúde, então, que o Novo consiga fazer a mesma coisa, e ficarei satisfeito. Todos sabem que isso não dependerá do Ano Novo, mas da vontade de Deus. Concentremos nossos pensamentos numa prece de Paz, Amor e Respeito, pedindo ao Grande Criador que nos proteja com muita saúde. Basta! Aqueles, como eu, que sentiram como somos frágeis perante a Sua vontade, devem rezar, como estou fazendo, pedindo as Suas Graças, e agradecendo por tudo que recebemos. Senhor, sou teu servo, e desejo continuar te servindo, levando a Tua Verdade, luz que iluminará o meu caminho. 
Obrigado Senhor.
Um Ano Novo cheio de saúde a todos vocês.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Boletim 254.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Natal.
Mais um, e como é bom a gente perceber que eles se sucedem com a mesma mensagem de amor, contagiando nossos corações. 2.015 vezes Ele renasceu em nossos corações. Recordemos nossas infâncias com as árvores de Natal, que eram de pinheiros reais, não os plásticos de hoje. Neles havia a Estrela de Belém, o berço pobre com o Menino Jesus, os três Reis Magos, as ovelhinhas e vaquinhas no presépio, onde a Mãe Maria e o São José acolhiam num pobre e simples galpão-estrebaria, a imagem de humildade, para um mundo hoje tão presente de riquezas e ostentações. Ainda agora contemplando presépios ouvi dizer - "eles são estilizados". Não sei que estilos são esses, mas me afastam do respeito e oração ao nascimento de Cristo.
Um Feliz Natal a todos vocês, com Cristo em nossos corações.


sábado, 19 de dezembro de 2015

Boletim 253.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
De peito aberto III.
O Lar.
Hoje retorno ao Lar depois de um mês de ausência. Já escrevi sobre o Lar em boletins anteriores, onde afirmei que ele não tem definição. Vejam o que dizem os dicionários. Muito pouca coisa, inclusive o confundem com cozinha. Lar é algo tão pessoal que não conseguimos uma forma para defini-lo. Claro que estou falando de um Lar velho, como o meu, formado há mais de 58 anos. É o perfume do amor, são meus objetos pessoais, minha alcova acolhedora. Retorno como um renascido, de um tempo logo ali passado, com olhos vendo contornos que não havia percebido. Até o voo oscilante das borboletas passaram a ser entendidos como uma alegria de viver. Voltar ao Lar depois de tanto tempo já é um renascer. 
Viver é bom, e vocês só irão perceber se viverem bastante, com Deus, saúde e família.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Boletim 252.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRAL.
De peito aberto II.
Primeiro. Não imagino como escrevi o boletim anterior no mesmo dia que havia deixado a UTI. Certamente estava dopado. Hoje, vinte dias depois, ainda encontro dificuldades em coordenar meus movimentos e até mesmo meus pensamentos. Tudo passou. Agora junto da família, no apartamento da neta Fernanda. Não ouço bipes, aquele leve andar das enfermeiras, sem injeções, exames e tudo o mais. Agora só esperar pela recuperação. A vida consiste num constante esperar. Antes a espera da operação, agora a espera de que ela passe. 
Deixo minha mensagem final: "Cuidem das vossas saúdes". Certamente se eu não houvesse cuidado da minha, não estaria transmitindo essa mensagem.

sábado, 14 de novembro de 2015

Boletim 251.

De peito aberto.
Agora realmente de peito aberto converso com vocês.

18 de novembro. Uma sala de cirurgia que mais se parecia com uma sala de orquestração, no Centro Cirúrgico do Hospital São Lucas de PUC. Cada um com seu instrumento afiado na mão. Dr. Marco Antônio Goldani, o cirurgião cardiovascular, Dr. Paludo, o anestesista, Dr. Luiz Zimmer e Dr. João Carlos Fernandes os cardiologistas. O paciente aqui, que nem era assim tão paciente, pelado, mas não assustado, transferia suas confianças aos profissionais que o cercavam, quando o pano foi aberto após a apagada profunda do operado. A CTI com seu abafado murmúrio, o bip das máquinas, a “meio acordada” no agradável de me sentir entre os vivos. Não era a necessidade de me deixarem novinho em folha, mas o esforço de me proporcionarem uma sobre vida descente. Então, eu buscava adormecer naquele silêncio hospitalar, sentindo o quanto era difícil retornar à energia mental, até mesmo nas minhas preces ao Divino Criador, agradecendo a Ele, e aos profissionais que atendiam.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Boletim 249.


ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A Obra.
Recebi do meu primo José Inácio Fay Azambuja, uma postagem no Facebook que me fez meditar profundamente. Trabalho há 51 anos com o maço e o cinzel. Minha obra ainda está distante de concluída. Talvez pela metade, como o monumento desse trabalhador, e olha, já passei muito além da Taprobana! Creio que para uns a rocha é dura de ser moldada, e para outro é moleza. Daí fico pensando qual a melhor obra. Certamente aquela que o tempo não irá corroer. Construir é fácil, como fácil é viver. Difícil é construir boas obras, para a contemplação daqueles que virão de nós. 

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Boletim 248.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A morte.
Sei que o tema não agrada muito, mas creiam, a morte faz parte da vida. Ninguém deixará de conhecê-la. Chego a me atrever em dizer que ela é a única verdade em nossa existência, pois creio piamente que ela é que nos conduzirá à Deus. Não é necessário temê-la, basta termos cumprido com nossos deveres na Terra. Certamente uma longa e penosa trilha, e quanto mais penosa mais florido será o outro caminho. A humanidade busca cada vez mais o gozo terreno, aquele gozo sem sentido de vida futura, como se tudo se acabasse com a simples morte. Meus familiares se divertem quando pronuncio "Tudo recém está começando", já que eu não creio no fim! E se não creio nele é porque sei que a morte não é o fim, talvez mesmo seja um começo. Vamos meditar nisso.

sábado, 31 de outubro de 2015

Boletim 247.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Orar.
O Aurélio define orar: "pedir, suplicar, rogar". Ainda fico com o Silveira Bueno que é mais filosófico, e diz: "rezar, pregar, discursar", pois orar não pode ter nada de pessoal. A verdadeira definição de oração no "meu dicionário" é ofertar. Assim fica realmente difícil rezar, e creio que por tal, poucos rezam. Trata-se de um momento onde não devemos fazer pedidos pessoais Ele já nos deu tanto, para que pedir mais e mais. Lembro de ter entrado certa feita em uma capela de hospital, para pedir por meu filho que estava sendo operado. Então, de joelhos, ao iniciar minha oração dei-me conta que sua vida pertencia ao próprio Deus, e que eu não poderia pedir aquilo que já havia recebido dEle, mas que nunca me pertencera. Percebi que a vida de meu filho estava em Suas mãos, portanto, que ele recebesse o que merecia. Passei a rezar pelo médico que o operava. Deu certo. Agora sim, posso dizer, obrigado Senhor.

domingo, 25 de outubro de 2015

Boletim 246.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Abre teu peito.
Joga pra fora as tuas emoções. Elas não te pertencem. Não tenhas medo, isso não irá te fazer mal. Salvo se lá dentro só existir coisas ruins. Passaste uma existência inteira te alimentando da vida, e só quando abrirem teu peito é que sentirás a obra construída. Claro, será um corte longo e profundo para perscrutarem o teu íntimo, aquele escondido sentimento que alimentaste durante tua existência. Não irá doer. A anestesia do tempo faz um belo serviço. Tudo está se renovando, tudo está acontecendo novamente. Esse filme já foi visto por muitas gerações passadas, que pouco nos deixaram da lição. Agora, que meditas no teu filme deves ter mais coragem do que medo, transmitindo àqueles que virão de ti, a mensagem de vida que trazes dentro do peito, composta de PAZ e RESPEITO, componentes indispensáveis do AMOR, que é a única verdade na vida. 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Boletim 245

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A arte de concordar.
Depois de muitos anos com problemas auditivos, tinnitus, zoeiras, tonteiras, audição confusa, me dei conta que tenho concordado demais. Fica ruim pedir repetição daquilo que nos dizem, principalmente sentindo aquele olhar de desprezo: “o cara ainda é surdo!”.  Então o melhor é concordar.
         Tirei daí alguns ensinamentos. Tenho sido mais agradável às pessoas. Elas se sentem felizes com minhas concordâncias. Quando o assunto é política então, sinto-me o mais admirado dos cristãos. O outro fica pensando que estou do lado dele. No futebol e religião é a mesma coisa. Em família muito melhor, afinal os filhos e os netos já estão criados, e com eles a comunicação é com o coração.  
         Certa feita, depois de ouvir uma longa confidência de um grande amigo lhe respondi: “Olha, fui teu muro de lamentações, espero que tenha sido proveitoso o teu desabafo. O principal será refletires sobre tuas próprias palavras, pois a solução está dentro de ti mesmo. Eu não saberia agir por ti. E para tua segurança, saiba que guardarei sigilo”. Creio que minhas concordâncias surdas funcionam da mesma forma. As pessoas têm necessidade de expor seus pontos de vista, e ao fazê-lo já trazem suas razões formadas, que serão para elas muito melhores que as minhas. Contrariá-las resultaria em conflito. É pensando nisto que te sugiro não discutir. Se o cara estiver com a razão, dá para concordar, e se estiver errado, pouco ou nada irá adiantar tua discordância. O brabo é ficar surdo e concordando com o cara te ofendendo. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Boletim 244.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Valorizando quando falta.
Nuca valorizei tanto o Sol como nos últimos dias. Imaginem eu e minha filha-nora Majô, que somos movidos à fotossíntese! Então me dei conta que é necessário, por vezes, faltar para valorizar. Dinheiro também quando falta deve ser valorizado! Nada adianta reclamar, que só irá fazer mal a quem reclama. Temos de achar uma saída, e a mais fácil é economizar. Fácil? Quem consegue deixar o supérfluo de lado? Afirmo à vocês, que fui bastante rico,  e hoje aprendi a fazê-lo. Quando falta pescaria, um dos meus prazeres, passo a valorizá-la buscando velhas fotografias e velhos escritos, onde descrevi pescarias passadas, sonhando com as pescarias futuras. 
Só três coisas não podem faltar - Deus, saúde e família. Ajudem-me a encontrar um quarto elemento.
Olhem aí como é lindo:

domingo, 11 de outubro de 2015

Boletim 243.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A chuva e a caatinga.
Depois de receber várias reprimendas das pessoas que amam o nordeste, por eu ter me referido às "caatingas fedorentas", venho jogar mais "lenha na fogueira". Meu primo José Inácio diz que aqui no Brasil é proibido não gostar de alguma coisa, pois confesso meu desgosto com o nordeste. Talvez uma mágoa por não conhecer suas praias maravilhosas, mas eu me refiro ao seu interior, as caatingas.
Leiam com atenção o quadro abaixo, que recebi do meu primo José Inácio Fay Azambuja:
Inicialmente declaro que não quero me separar. Tenho um profundo sentimento de brasilidade. Quando o Gal. Bento Gonçalves da Silva, com todas as razões para se separar não o fez, agora mais do que nunca devemos "ajudar" nosso País. Finalmente quero dizer que "alguém" deverá corrigir nossas desigualdades sociais, lamentando que certamente chegarei no fim do meu tempo, sem assistir esse importante acontecimento.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Boletim 242.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A chuva.
Certamente eu não poderia viver na "caatinga" nordestina, que sempre me soou como um lugar fedorento, além de seco. Então viva o nosso Rio Grande do Sul molhado, mesmo que por certas vezes fique molhado demais. A chuva sempre me encantou. Eu que vivi na várzea de Camaquã, quando não havia os drenos do DNOS, estradas e quem dirá, pontes nos arroios, ficávamos ilhados dois ou três meses na fazenda. Costumava apreciar a chuva batendo nos vidros da janela, correndo no pátio, onde sonhava em construir meus açudes de brinquedo. Até mesmo semeava lavouras imaginárias de arroz, acompanhando o sonho fugaz de meu Papai. Na casa grande a lida continuava a mesma, na preocupação de alimentar tantas bocas, enquanto no galpão a peonada se acotovelava ao redor do fogo de chão, mateando e contando causos de pencas campo à fora, e gineteadas brabas e enfeitadas. Mas, aqui para nós, essa chuva não tem dado tréguas! Não tem respeitado nem mesmo a "estiada do meio dia", além de chover por quase uma semana. Nossa oração para que Deus proteja os pobres ribeirinhos.
Mas lembrem, nascerá um novo dia, o mesmo Sol irá nos acalentar.
(fotografia do meu Irmão Alex Haas).
Observação - Tenho recebido reprimendas por dizer que "caatinga" lembra um lugar fedorento. Quem diz é o dicionário Aurélio - "catinga = bodum (fedor de bode)". Disseram-me que lá tem muito bode, talvez seja por isso. Jamais irei conferir.

domingo, 27 de setembro de 2015

Boletim 241.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Recapitulando.
Alguns abriram um velho boletim, lá de 2010, que estou republicando, pois acho que podemos meditar nele.

Boletim 59, de 17 de novembro de 2010.

HISTÓRIAS QUE, Eu conto para vocês.
Lembram que relatei ter conhecido no arvoredo da Quinta alguns pés de café e algodão. Não assisti suas colheitas pois eles já eram improdutivos, mas como o café chegava nas fazendas em grãos, muito ajudei a torrá-lo nos tachos de cobre, que depois era "pilado", até ficar "moído". A banha era produzida nas fazendas, única gordura com que se cozinhava, além da "graxa dos tutanos", com que se fazia o feijão, o qual nunca poderia ser requentado. O pão, bolachas, broas, e tudo o mais era produzido nas fazendas, como roupas, colchões, travesseiros, cobertores, para não falar na quantidade de gente que ali vivia. 90% da população morava no campo, e 10% nas cidades. Hoje inverteu! Então, as fazendeiras levantavam de madrugada para o duro serviço, e quando deitavam também não descansavam. Um mundo que vivi. Hoje vivo num outro mundo onde não existe mais fazendeira. Lá elas ficam depressivas, com o nada por fazer. Tudo está pronto, e o que não está pronto as máquinas aprontam. Mesmo, não tem mais gente nas fazendas, e se tem, eles que façam as suas comidas.



FECHANDO A PORTEIRA.

A riqueza e a felicidade.

Recebi e-mail de uma amiga, onde Max Gehringer se refere à livros e artigos com receitas para se ficar rico, que contesta, inteligentemente. Relata que se não tivesse comido suas muitas pizzas, bebidos os milhares de cafezinhos, feito suas múltiplas viagens, comprado seus vários supérfluos, teria 500 mil reais em sua conta bancária, concluindo que aquele dinheiro só serviria para fazer tudo o que fez, promovendo a sua felicidade. Não quero contestá-lo, quero adicionar minha vivência. Conheço centenas de amigos, que são imensamente felizes, e sequer conhecem Porto Alegre, nunca comeram pizzas, nem tomaram cafezinhos em balcões, ou compraram supérfluos. Felicidade consiste em amar a si próprio. Traduzo: "si próprio" é Deus.

sábado, 26 de setembro de 2015

Boletim 240.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O que dá trabalho satisfaz. 
Sou jogador de paciência na internet, e lá executo apenas aquelas que me dão trabalho. Aquelas com acertos fáceis são desprezadas. Também jogo sinuca com um amigo, onde normalmente perco, mas como é bom tentar ganhar. Já joguei com outros amigos dos quais ganhava fácil, e eles não me atraíam. Assim como eu, certamente vocês também passaram pelas mesmas emoções. Talvez não seja a sensação da vitória, mas a busca de uma superação pessoal. Nada a ver com aquela galera que grita pela vitória do time, sem qualquer participação pessoal, apenas vibrando com o esforço do outro. Trata-se daquela vibração interior, de um esforço contínuo e mesmo sacrificado, para se apreciar um resultado. Querem ver? Nossos filhos! Quanto trabalho, quanta dedicação e mesmo sacrifícios! Mas quanta alegria nos dão ao se realizarem, produzindo nossos netos e criando novos rumos. Mesmo quando a distância nos separa, ficamos satisfeitos por sabermos que está tudo justo e perfeito. 
Pena que a gente sente falta daquele sacrifício já tão distante. 

domingo, 20 de setembro de 2015

Boletim 239.

ABRINDO A PORTEIRA.
És amado?
É necessário que te sintas amado. Esse sublime sentimento do amor é um "vai e vem". Só serás amado, se amares. Quanto mais amares, mais serás amado. Queres ver? Também, quanto mais odiares, mais serás odiado. É tão simples que nem dá para crer, e se a humanidade pudesse me escutar, o amor tomaria conta do mundo. Existe um outro tempero do amor que é indispensável - a alegria. Os alegres amam mais que os tristes, pois quem é alegre tem a felicidade dentro de si. O amor grassa mais forte nos necessitados, do que nos ricos. Bem, nesta última serei contestado por alguns, mas minha vivência, que é maior entre os pobres do que com os ricos, me ensinou que eles (os pobres conformados, claro) estão mais próximos de Deus e são mais felizes que os ricos. Podes crer! 

GALPÃO.
A castração do potro.
No boletim 237 fiz referência a uma castração de potro, onde minha neta Fernanda se "entreverou no banzé" segurando a cabeça do coitado, e lá na pata o seu namorado Tomaz, se esforçava com a pata traseira. A fotografia está lá. Pois publico abaixo uma outra foto, onde um veterinário faz o mesmo serviço. Trata-se de meu filho campeiro, o Castiano, que nasceu Luis Mário. Ninguém faz força, apenas "seguram o pobre bicho". Nunca esquecendo que a lua não pode ser forte, deve ter passado a cheia, já na minguante. Certo? Reparem como tem pouco sangue na castração da foto.
Temos de viver para aprender.


HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
As marcações.
Sei que estas histórias não terão fim, e muitos dos que me leem não se atrevem a contar seus conhecimentos. Por tal é que nossa história gaúcha deixa de ser rica. Tudo aquilo que gravamos, principalmente aqui, fica para sempre, mesmo que ninguém me diga o tamanho do sempre. Até mesmo as fotos antigas, que certamente muitos de vocês guardam perdidas nas gavetas, podem ser enviadas ao meu e-mail - lfaz@terra.com.br


FECHANDO A PORTEIRA.
Gaúcho não perde nunca o seu rumo, assim vou troteando por estradas ruins, com previsões ruins para o ano que vem, com um tempo ruim por enquanto, mas sei que logo ali vai despontar uma primavera, um novo tempo irá raiar, um novo governo vai governar, e nossas estradas alguém irá patrolar. É tanto ar, que chega a sufocar...

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Boletim 238.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Amor velho.
Alguém dirá que o amor não envelhece. Talvez. Estou me atrevendo em afirmar que ele se transforma. Uma transformação fortalecida. Esse nobre sentimento acompanha as emoções do indivíduo que ama. Assim as boas emoções o fortalece, como as más emoções o enfraquece. Além das emoções devemos avaliar o tempo que perdura o amor. Acho sim que ele envelhece. Meu amor está envelhecendo, e não estou falando do meu amor por minha Jane. Falo do amor em viver, em ofertar minha existência a um Criador de Todas as Coisas. Tenho encontrado luz em meu caminho, como uma estrela a guiar meus passos, e assim sou grato por este amor velho. Deus, saúde e família. Não creio num quarto elemento. Tudo ao meu redor está ficando velho, como minha esposa de 58 anos de felicidade conjugal. Meu bom Voyage 88, que nunca me deixou na estrada, salvo as vezes que eu o deixei lá. Meu Casio batendo as horas por mais de dez anos. Minha faca da bainha, nem sei quanto anos tem. Se isso não tem importância para quem lê, para mim o importante é não querer trocar nada do que tenho. Todos são meus amores velhos.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Boletim 237.

ABRINDO A PORTEIRA.
A obra.
Certamente que aqui viemos para concluir alguma obra. Nossa existência deve ter algum significado, pois infeliz daquele que viu a vida passar da janela de sua casa. Cada um deve construir a sua obra. Mas onde? Obras grandes, obras belas e magníficas, para que os outros possam assistir. Uma obra mais majestosa que a outra. Um edifício maior que o outro, ou um carro mais caro que o outro, para que o outro possa admirar o esforço que desprendemos na sua construção. Já construí muito, e muito destruí. Hoje contemplando os seus destroços me dou conta, que a melhor das obra foi construída dentro de mim mesmo. Obra que me custou muito sacrifício, muita resignação e muita meditação. Se me perguntarem, responderei que nada tenho a lamentar, nem mesmo os erros que cometi, pois levarei comigo a única obra capaz de me acompanhar. 

GALPÃO.
A castração do potro.
Pode alguém se orgulhar do crescimento material ou cultural de uma pessoa, eu por minha vez passei a me orgulhar do crescimento moral de minha neta Fernanda. Com um curso superior, e uma empresária bem sucedida, nos fins de semanas partilha com o companheiro momentos como o gravado abaixo, ajudando na castração de um potro. Suas mãos são finas, acostumadas com o computador, montando finos design em ricas vivendas, mas também sabem ajudar a quem ama. Valeu minha Pichirica!
  

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Boletim 236.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A lambreta 1960.
Aos 26 anos, já casado, com um filho no colo de minha Jane, retornei à Camaquã fazendo minha mudança num ônibus Frederes, e o caminhão do Zé Linguiça. Passamos a morar na residência de meu Papai, onde hoje é a Survel. Tínhamos ali uma chácara de 13 hectares no seu entorno, que se transformou na Vila Dona Thereza, em homenagem à minha Mamãe, falecida em 1948, com a pouca idade de 44 anos. Minha família na época era chamada aqui de família Imperial, por seu destaque financeiro e social, e eu chegava como policial, pilotando uma lambreta 1960, símbolo na época do transviado (não tem nada a ver com os veados...). Tinha parente que dobrava esquina para não encontrar com esse escrevente, pois eles trocavam de carro todos os anos, e agora aparecia ali um Azambuja, com o apelido de "escrivão rico", montado numa lambreta! Imagina!
São os sacrifícios que forjam o caráter do indivíduo. Eu agradeço meu bom Deus, a saúde que me deste, e a toda minha família. 

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Boletim 235.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Uma lição de vida.
A vida está sempre nos dando lições, mas na verdade poucos prestam atenção. Com a pouca idade de quatorze anos perdi minha Mamãe. Um desastre. Um sofrimento. Mas a vida me ensinou que aquilo não seria um tormento. Passei a morar sozinho na cidade grande de Porto Alegre, onde aprendi a transformar um sofrimento, na construção de meu amanhã. Com medo da cidade grande, adotei os livros como meus únicos amigos. De certa forma eles prejudicaram minha formação escolar, pois tinha exame no dia seguinte, e lia romances em sua véspera. Creio que certos amigos-gente ainda assim nos prejudicam. Dentro desta lição de vida, faço uma afirmação de velho: tudo se deveu a minha boa formação familiar e religiosa. Desde cedo me impregnaram de amor. Amor à Deus e aos meus semelhantes. Não creio em outro caminho, para sermos cidadãos construtores de um futuro promissor. Ao cerrar meus olhos minha última frase será: cumpri minha missão de cristão. 

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Boletim 234.

ABRINDO A PORTEIRA.
Meus medos.
Os mais graves foram meus medos quando criança. Não sabia manobrar com eles, e por muitas vezes quase chegaram no pavor. Lembro daquele pavoroso medo de morrer. Morrer por nada, sem identificação de uma doença ou acidente, pois o medo maior era de não acordar no outro dia. Pode? Felizmente aquela inexperiência infantil não me deixou sequelas. Depois, quando maduro, enfrentei muitos outros e variados tipos de medos, que foram vencidos pela firmeza encontrado na minha família. Sempre ao enfrentarmos um problema devemos ter um apoio, caso contrário iremos cair. Bueno, agora já velho continuo com meus medos. Na verdade eles não "gritam" mais em meus ouvidos (acho que estou ficando surdo), e vou aprendendo a deixá-los à distância. Vocês jovens não imaginam como é bom ficar velho. Tentem, cuidando de suas saúdes.

GALPÃO.
Uma poesia.
Sei que muitos não se dão bem com as poesias, principalmente aquelas longas, e declamadas com furor, mas quando se tem um amigo como eu tenho, Júlio Macedo Machado, que me brinda com seus versos, a gente tem de tirar o chapéu.

Lembrança do Galo Velho, na Fazenda da Sant`Anna, alma pura e soberana.
Peão campeiro e de coragem, deixou seus gritos na imagem, e na lembrança do Patrão. Galo Velho este galpão, foi feito em tua homenagem.

Este galpão tem história. Eu trago dentro do peito, onde a Paz e o Respeito,
é o lema do bom Patrão. Lareira, fogo de chão, não apaga noite e dia,       com a sua caloria, aquece qualquer peão.

Banqueta feita de couro, um cepo de cerne de aroeira. Água quente na chaleira, pra cevar o chimarrão. Caipira com limão, tem charque pro carreteiro. O Saroba é bom cozinheiro, sabe lidar num fogão. 

Agora vejam a alma do poeta, declamando em 1993 no seu aniversário, junto de um bolo de bosta, com um toco de vela acesa.


HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Marcações VIII - As marcas.
Lembro muito bem das marcações da Fazenda da Invernada. Era um carro de mão repleto de marcas de fogo! Cada posteiro tinha sua marca, pois vocês devem lembrar que os posteiros tinham direito de criar no campo do patrão. A esposa tinha sua marca, assim como o filho mais velho, que na época era chamado de primogênito, cabendo a ele mais destaque que aos demais. O vizinho, que era irmão, deixava sua marca, caso algum animal seu ali entrasse. Costumavam marcar animais para doações, e assim outras que não recordo. Moral da história - o gado vacum valia muito pouco ou nada, sendo seu couro muito valorizado, pois o plástico ainda não entrara no mercado. Meu Papai mantinha uma montanha de saco de sal grosso, que era mais para a salga da carne, os famosos charques de vento (no nordeste eles chamam charque de Sol), mas parte dele se destinava à salga do couro, que era vendido para as "barracas" quando de sua busca, não só do couro, mas da graxa e lãs.

FECHANDO A PORTEIRA.
Do boletim 39...Repetindo, mas não é falta de assunto!
Sexo.
Deixei para o final porque poucos de vocês chegam até aqui. Sei que vou me quebrar com a maioria, mas fui falar em Sodoma e Gomorra no outro boletim e o assunto ficou bailando. Assim, vou me referir a sexo, que desde milênios é atual e polêmico. Começo com uma sentença: tenho 52 anos de felicidade conjugal (hoje 58 e reafirmo o que está escrito)! Então aceitem meus erros, mas não deletem sem refletir.
Sexo é uma necessidade fisiológica. Nada mais. Além, lógico, da perpetuação da espécie. Não permitam que ele tome conta de vossas vidas. A vida moderna tem alterado nossos hábitos, com a tv e o computador enchendo espaço e mais espaço com sexo. Não entrem nessa. Façam equilíbrio das atividades sexuais, e principalmente não a exterminem, pois tudo que esgotamos – se acaba! Sei que a imaginação é infinita, mas também sei que ela acaba no trato da coisa física. Confesso que durante toda minha feliz vida conjugal só fiz “papai e mamãe” com minha esposa (só espero que ela não leia isto, e nem que vocês contem para ela, pois não gostará de eu ter revelado nossa intimidade). Muitos dirão: “Mas que idiota, não sabe o que perdeu”. Respondo: “Nunca esgotamos nossas imaginações, que só vivenciaram o amor, nas carícias de respeito, usando muito mais o coração do que o próprio corpo".
Na minha filosofia maçônica está escrito, que três são os vícios que destroem a alma humana: Orgulho, Ócio e Volúpia. Pensem nisso...


sábado, 25 de julho de 2015

Boletim 233.

ABRINDO A PORTEIRA.
As chuvaradas.
Aqui parece que as coisas não evoluíram nada. Lembro de sessenta anos passados, quando não tínhamos estradas para chegar na Vila. Verdade que as enchentes não tinham fim, pela falta dos drenos, que hoje existem, mas as estradas continuam não existindo. Fico assustado por não conseguirmos chegar nas granjas. Sessenta anos se passaram! Depois querem que o campo produza mais e mais, para matar a fome de uma população que não pára de crescer. Não lembro de quem disse: Destruam as cidades e deixem os campos intactos, que as cidades se reerguerão. Destruam os campos, que as cidades perecerão. Uma verdade que será eterna. 

GALPÃO.
Penca do N.C.C.C.C. (um escrito esquecido).
                    Dia vinte e três de maio de 2004, nas barrancas do Rio Camaquã, no Passo da Pacheca, aconteceu a Primeira Penca de Cavalos Crioulos Puros, organizada pelo Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Camaquã (N.C.C.C.C.). O palco foi a perfeita cancha reta do local, na boa organização e, na salutar amizade dos crioulistas que registramos: “Lote”, nascido Roberto Crespo; “Dado”, nascido Luiz Eduardo Centeno; “Teteco”, nascido Carlos Antônio Oliveira; “Castiano”, nascido Luis Mário Azambuja;  “Toni Blair”, nascido Rubem Carlos Serafini Machado, “Porquinho”, nascido Juliano Röedel, Elder Longaray; Rodrigo Machado, Marcos Coutinho e Cristiano Martins, com uma plêiade de amigos ao redor.
                   Os animais inscritos: Roseta da Sant´Anna, de Luis Mário Azambuja; Jornada da Nascente, de Luiz Eduardo Centeno; Garoa da Nascente, de Luiz Eduardo Centeno; Onça do Capão Grande, de Rodrigo Machado; Gavião do Itapevi de Daruiza Oliveira e, Chispa da Capororoca, de Marcos Coutinho.
                  Os julgadores foram Lauro Vargas e Ariovaldo Arena. Apareceu um alemão esperto e ágil, coisas raras nesta raça, que foi o desenvolto leiloeiro. O Penqueiro do encontro foi o N.C.C.C.C.
                   Os finalistas foram: Roseta que derrotou o Gavião. Garoa que derrotou a Onça e, Jornada que derrotou a Chispa. Quando na disputa do terno final, saiu vencedora a égua Jornada da Nascente, do alegre Dado, fazendo a festa crioulista. A égua Roseta da Sant`Anna, do Castiano, chegou em segundo lugar, e em terceiro a Garoa do Nascente, também do Dado.
                   Um lindo e poético local. O grande Rio, o barranco alto e a verde mataria, moldurando o agitado dos parelheiros, e o nervoso dos tratadores e jóqueis. Uma pulperia fazia a alegria do lugar, no comando da Dona Cici, que indiferente à idade, se agitava no serviço doméstico, atendendo aos amigos com fidalguia. Até mesmo o “relampiar de um osso”, na improvisada cancha, em mãos de jogadores pouco experientes. Mas, sobretudo um momento de profunda contemplação, quando da necessidade da “casinha”. Na pressa da construção não houve tempo de colocar a porta da frente, virada para o grande rio. Então, naquele trono de igualdade e meditação, se ouvia o cantar dos pássaros, e lá embaixo o correr forte do caudaloso Camaquã, como querendo marcar o tempo. O tempo das carreiradas dos fins de semanas, nas canchas retas das amizades. Ali era momento de se confraternizar, festejar encontros e comemorar aniversários, como o da Majô Chagas Azambuja no dia de hoje, entre seus amigos crioulistas. É necessário viver, e por tal, foi com alegria que se constatou Centenos e Crespos matando a sede com refris. Só um Azambuja manteve o atavismo da raça, saudando os antepassados no líquido alegre da vida, ou da morte se não souberem bebê-lo. 

Um julgador atento à chegada dos parelheiros.
                   
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.

Marcações VII.
Retorno àquele escrito, quando a peonada matava a fome com a carne de uma novilha. Certamente não seria das grandes, e provavelmente uma mamona, pois eles não precisariam de tanta carne assim. Porque uma novilha? Ainda hoje persiste a crença de que a carne da fêmea é melhor que a do macho, mas aqueles que conhecem a lida campeira, sabem que macho é desfrute certo, e dinheiro no bolso. Fêmea é descarte. Isto num outro tempo. Não esqueçam que sempre estou falando de outro tempo. Hoje a fêmea toma respeito. Parece que isso começou com as mulheres. Na verdade a raça está se "apurando", e assim tudo passa a ter valor. Então minha gente, quando quiserem fazer um churrasco na estância, por vezes é melhor comprar no açougue, do que fazer uma carneada em casa, com tanto estrago. Estrago dos mocotós, cabeça, couro, e toda a "miudama". Para não falar naquela trabalheira danada, e ter de presentear os "operadores". Estamos vivendo outro tempo, mas afirmo, muito melhor. Evoluímos.


FECHANDO A PORTEIRA.
Muita escrita para pouco tempo de leitura. Vou melhorar.

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”