domingo, 10 de maio de 2015

Boletim 222.

ABRINDO A PORTEIRA.
Mamães.
Fica fácil escrever sobre elas, principalmente quem a perdeu criança como eu, numa saudade que não é mais doída. Mamães vocês são abençoadas pela Virgem Maria, na concepção perene do amor, onde não há sacrifícios, na superação da própria dor. Vocês serão para sempre amadas, mesmo que por vezes não sejam respeitadas. Não há como rasgar o teu gesto da maternidade, que deu origem a nossa própria vida. Mulher, tu que ainda poucos anos, vivias só para a maternidade e criação de teus filhos, hoje projetas o respeito, na busca de uma vida digna, e na difícil conquista da igualdade. Nós homens, que te olhamos mais como uma conquista sensual, respeitamos o teu olhar, que nos vê como companheiro e pai de teus futuros filhos. És verdadeiramente o equilíbrio do lar.
  
GALPÃO.
Balbino Marques da Rocha escreve assim:
... e hoje esta moçada culta traz a marca do progresso, mas no fundo, no recesso, da alma da nossa gente, a ausência dói de repente, e a gente volta ao passado, num GALPÃO enfumaçado, entre gaitas e floreios, no compasso de payadas, volta o ruído dos arreios e o tropel de cavalhadas...

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
As marcações II.
Agora realmente a história que meu Papai me contava das marcações campo à fora, ou de rodeios. Primeiro é necessário focar a época. Os campos não tinham aramados que os cercassem. Conforme o tamanho das fazendas havia vários rodeios, todos com suas designações. Na Invernada lembro: Rodeio da Carniça; na Quinta lembro: Rodeio da Figueira Caída, e assim muitos outros. O gado era verdadeiramente "alçado" (selvagem), pois havia pouco, e um mau contato com o ser humano, tudo era na força do cavalo e do braço. Já falei em boletins anteriores, que em cada rodeio destes havia um Posteiro, homem de confiança, residente no local com a família, e que evitava a saída do gado de patrão para o campo do vizinho, recorrendo seu rodeio e conferindo se estava tudo bem. Era tudo ermo, sem outro acesso que não fosse à cavalo ou de carroça, pois não havia estradas.
Como prometi não escrever muito, vou deixar o "exercício" do rodeio, para o próximo boletim.
FECHANDO A PORTEIRA.
Um beijo no coração da minha Jane, Mamãe de meus dois queridos filhos.

domingo, 3 de maio de 2015

Boletim 221.

ABRINDO A PORTEIRA.
Aniversários.
Data que procuramos marcar com amor. Data que tentamos juntar os familiares e amigos, para uma comemoração qualquer. Na verdade hoje não conseguimos juntar muita gente, andamos esparramados num mundo que cresce a cada dia. No meu último (claro, o que passou, pois irá se passar muitos outros...) após uma breve oração, com as mãos dadas ao tremular a luz de um toco de vela no centro, pedi para fazer um discurso:
"Vocês buscam me fazer feliz. Vocês e aqueles que não estão presentes. Dois filhos, três noras-filhas, quatro netos, dois futuros bis-genros (sei, a palavra não existe), e muitos e muitos amigos. Saibam no entanto que vocês todos me fazem feliz nos 365 dias do ano, e nas suas 24 horas, mesmo estando distantes de mim. Isto porque sei da conduta social de todos vocês, no desempenho ético de suas profissões, no zelo amoroso familiar, na conduta correta social, na dedicação ao estudo escolar, e no amor que cresce com a bondade habitando o coração de todos. Obrigado por vocês me fazerem gente". 
GALPÃO DO GALO VELHO.
Teu lume.
A tradição de teu lume aceso dia e noite fica cada vez mais difícil, como difícil é a habitação da residência do fazendeiro lá no campo. Primeiro porque não temos estradas. No verão é o trânsito dos caminhões, que hoje são enormes carretas, e no inverno nem é bom falar. Assim pouco aquento o teu lume, bebendo a fumaça das chamas vivas, de cernes de eucaliptos plantados por meu Papai. A foto abaixo já foi publicada, mas é nela que minha imaginação viaja ao cepo rústico junto do fogo de chão de meu galpão.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
As marcações.
Essa história eu conto:

Não vou me reportar as marcações campo à fora, ou de rodeios, porque não as conheci, apenas ouvi contar. Conto as marcações de mangueira quando ainda não haviam inventado os tais de bretes, e era sempre no mês de maio. Mangueiras grandes e de pau à pique, com uma só porteira de varas de correr, onde se penduravam couros vacuns para "espantar". Depois do gado emangueirado se formava duas filas de campeiros, a direita e a esquerda da porteira, ficando os guris e os maturrangos logo na saída, enquanto os verdadeiros pealadores ficavam no final, pois por eles nada passava. Dois peões entravam a cavalo na mangueira e soltavam os terneiros, um a um, todos taludos, até sobre-ano. Derrubado com o pealo, um dos mais fortes pegava da cabeça que era torcida, outro apertava o vazio com o joelho, enquanto outro colocava um laço na pata e esticava. Vinha logo o grito: "Olha a marca marqueiro!" Enquanto ela chegava, aquele que apertava o vazio castrava se fosse macho, outro assinalava na orelha e aparava a cola. Se a marca não estivesse quente, o marqueiro gritava: "Aperta manheiro". Isto porque marca em brasa não precisa ser apertada. Cenas que assisti criança na Fazenda da Invernada, de meu Avô Ney Xavier de Azambuja.
FECHANDO A PORTEIRA.
E eu havia prometido não escrever muito... 





quinta-feira, 30 de abril de 2015

Boletim 220.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
 
Escrever demais.
 
Creio que tenho alguns bons leitores do Galo Velho, porque escrevo de menos. Na Zero Hora de ontem a Martha Medeiros escreveu um inteligente artigo sobre os textos muito longos, citando um artigo de Wagner Brenner, onde afirma que ninguém consegue ler textos extensos. Confesso que quando recebo e-mail de amigos que escrevem muito, a primeira coisa que busco é saber o tamanho, e conforme, não leio. Não temos mais tempo, e quando temos gastamos nas redes sociais, onde a escrita é sintetizada, até mesmo nas palavras, que são em hieróglifos.
No meio de tudo isto fica meu escrito galponeiro, querendo traduzir filosofia de vida, baseada numa criação antiga, transmitindo Paz e Respeito àqueles que perdem pouco tempo em lê-los.
Prometo continuar "escrevendo de menos".
Ah! Não esqueçam amanhã é Dia do Trabalho, não trabalhem...

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Boletim 219.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Detalhes.
A mim parece que eles só servem para a poesia do Roberto Carlos. De que servem os detalhes? Para enfeitar, além de inspirar a poesia. Conheço muitos que se perderam nos detalhes, que nada mais são do que pequenas coisas, na maioria das vezes, coisas insignificantes.  Na vida temos de focar o principal. Claro que se for possível devemos colocar detalhes, mas eles ficarão sempre em segundo, terceiro, ou sexto plano. Alguém me dirá, mas eu construo em cima de detalhes! Afirmo que só os artistas o fazem, e eu não estou falando em arte, falo em vida.

domingo, 12 de abril de 2015

Boletim 218.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
A Ética.
 
Recebi do amigo e Irmão Cony um belo e-mail, com uma entrevista do Dr. Mário Sérgio Cortella, que publico abaixo, bastando vocês clicarem sobre ele.
Esse assunto da ética é uma de minhas paixões (depois da Jane). Já escrevi muito sobre ela, eu que não sou formado no tema, mas medito muito sobre ele. Só creio nos éticos. Vejam o desastre do nosso Brasil! Sei, tudo é uma questão de educação e cultura, e que o nosso País está fora deste contexto, mas a cadeia aplicada nos poderosos irá assustar muitos interessados na falta de ética.
O Dr. Mário em sua palestra cita Immanuel Kant, com sua frase antológica, de como ser um cidadão ético:
"Tudo que não puderes dizer como fez, não faça!"
Daí meus amigos, vamos ver os depoimentos dos ladrões lá no "Lava Jato", de como eles "fizeram", na esperança que possamos chegar no "Cérebro" da artimanha.

Vocês perdoem. Postei a mensagem do Dr. Mário, que terminei deletando, por não conseguir adicionar o som. Outro dia, pois o que vale é a frase de Kant. 
 

 


terça-feira, 7 de abril de 2015

Boletim 217.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
Quem sou "eu".
 
Fui falar do "tu", pois chegou a hora de falar do "eu". Começo afirmando que somos completamente diferentes. A diferença não estará em nossas caras ou em nossos tipos, mas nos nossos comportamentos, que é reflexo daquilo que carregamos no interior. Nem mesmo entre os mais de 6 bilhões de terráqueos existe igualdade interior, seja física e psicológica. Se nossas diferenças está em nossos interiores, peço que reflitam no que escrevi no boletim 215, "sentindo o pulsar de alguém mais dentro de mim". Será esse alguém, o mesmo que habita o interior de todo mundo? Passei uma existência (80 anos) sem essa interrogação, e somente agora no final de carreira, busco por este "ser pulsante", na tentativa de saber "quem sou eu". Depois certamente restará outras perguntas, como "qual a minha missão". Certamente que não devemos viver inutilmente, apenas comendo, dormindo, reproduzindo, ou debruçado na janela deixando a vida passar. Viver é fácil. Vir ao mundo, e sair deste mundo é que fica difícil, mas justamente aí deve residir a beleza do viver.
Nesta busca de me encontrar tenho "conversado" muito comigo mesmo, num diálogo bonito, por vezes áspero, mas sem conclusão. Sei que concluirei, nem que seja no último ponto final. Vamos viajar juntos...

terça-feira, 31 de março de 2015

Boletim 216.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
1º de abril.
 
Claro, o Galo Velho é uma página séria, e não irá postar mentiras. Apenas copio o que está escrito na Wikipédia:
 
Há muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no dia da mentira, também conhecido como dia das mentiras, dia das petas, dia dos tolos (de abril) ou dia dos bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França.[carece de fontes] Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de março,[carece de fontes] data que marcava a chegada da primavera.[carece de fontes] As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril.1
Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos econvites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fools' Day, "Dia dos Tolos (de abril)"; na Itália e na França ele é chamado respectivamentepesce d'aprile e poisson d'avril, literalmente "peixe de abril".
No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.
Na Galiza (Espanha) o dia é conhecido día dos enganos.


sexta-feira, 27 de março de 2015

Boletim 215.

ABRINDO E FECHANDO A POREIRA.
 
Quem é "tu"?
 
Só serás quando deixares de ser "tu"! Explico. Primeiro procura ser uma pessoa correta, depois educada e culta. Não construirás coisa alguma em cima da incorreção. Quando conseguires estas qualidades dedica tua vida à família e à sociedade, mas não esquece que o aprendizado é longo. Alguém colocou em minha cabeça que é tudo de dentro para fora, e é necessário crer que alguém mais habita em nosso interior. Faço a afirmação por sentir seu palpitar dentro de mim, corrigindo meus velhos passos. Sei o quanto Ele custou a amadurecer em meu interior, e sei que ao nos identificarmos chegará o momento do diálogo, num encontro perene, ou eterno.
A vida é bela, por entendermos que a beleza não é eterna, assim como a própria vida. Tudo consiste em saber que nada neste Mundo é perene, apenas serás perene, quando deixares de ser "tu".
 


quinta-feira, 26 de março de 2015

Boletim 214.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
A sorte.
 
Devemos confiar na sorte? Afirmo categoricamente que não! A sorte é um fato, mas ocorrerá ou não, sem sabermos quando, e em que circunstâncias. Poderá ser material ou espiritual. Pior que tem gente confiando cegamente nela. Tanto é verdade que as filas no Mega Sena cada vez aumentam mais e mais. Eu mesmo participo delas de quando em quando. Ainda bem que há um espaço grande neste de quando em quando. Se jogasse duas vezes por semana, minha situação financeira seria muito pior que a atual. Esqueçam da sorte, ela virá quando menos esperarmos, e de graça. Sei o que muitos dirão: "quem não joga não ganha". Pois eu afirmo que ganha, já que não só se ganha jogando, se ganha trabalhando. Um bom trabalho para vocês, e creiam, primeiramente Deus é a nossa maior sorte. 

sábado, 14 de março de 2015

Boletim 213.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA. 
 
O Tempo.
 
Há um tempo que ele escorre lento. É quando se é criança, pouco importando que tempo isto faz. Quando se é velho ele volta a escorrer novamente lento. Uma sabedoria do velho é não se preocupar com o tempo, assim como a criança ignorante desconhece o tempo. Parece que o segredo está em não ter medo de quando ele terminará. Só as crianças e os velhos não têm medo do tempo. Os jovens-adultos têm medo do tempo, não pelo seu terminar, mas por não poderem realizar seus sonhos. Então digamos que tudo gira em torno dos nossos sonhos. Criança e velho não sonha, apenas deixa o tempo passar.
 
Sei que alguém questionará o que está escrito aí acima. Peço apenas que reflitam no seguinte: "O velho que não tem medo do tempo é um velho realizado. Não deixou para trás nada que lhe perturbe a consciência, e se voltar no tal de tempo, continuará sem medo dele". 

segunda-feira, 2 de março de 2015

Boletim 212.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 O Amor.
Não consigo fugir do assunto. Fiquei com vontade de olhar para os boletins anteriores e conferir quantas vezes escrevi sobre ele. Acontece que ele é o segredo do Mundo, e por segredo a gente custa muito a desvendar.
Nada deve ser feito sem amor. Principalmente aquilo que é desagradável, mas necessário fazer. Outro dia o esgoto da fazenda entupiu, e não poderia contar com mais ninguém. Era comigo mesmo. Sentei num banco para pensar por onde começar. Sabem aquela concentração do atleta antes de enfrentar o obstáculo? Nem luvas apropriadas eu possuía, e conferi as mãos se havia algum ferimento. Sabia que seria desagradável, mas fiz com amor durante uma tarde inteira. Não deu certo, e continuou entupido. Não reclamei, sem perder a calma por um momento sequer. Afirmo que tudo se deve ao fato de ter começado alimentado pelo amor. Parece fácil, mas não é. Tentem um dia.  

O Marco de Sesmaria.

Ele está plantado na esquina da Fazenda da Quinta, origem da minha família Pereira da Silva, em campos desmembrados da Légua da Flor da Praia, originária da família Centeno. Esta peça, hoje histórica, tem quatro metro de comprimento, e para ser transportada era necessário dez homens. Assim me contava meu Papai, Mário Silva Azambuja. Naquela época não havia aramados, e as propriedades eram demarcadas nos seus quatro cantos, por marcos de sesmarias, iguais ao que ostenta a foto acima.
 


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Boletim 211.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
23 de fevereiro.
1º dia do ano. O Brasil esfrega os olhos acordando para o serviço. As crianças se agitam na frente dos colégios. Os homens se assustam com o negativo de seus cartões de créditos.
Assim realmente não dá dirão alguns. Pois realmente dá, e por isso os brasileiros se diferenciam dos demais povos. Somos roubados, não trabalhamos, ganhamos poucos, nos conformamos. Este conformismo é que nos faz feliz. Ninguém arranca os cabelos da cabeça, não vai à rua protestar contra os desmandos políticos, não perde o sono pelo negativo dos cartões de créditos, e já está programando as próximas férias. Tudo passa e nada chega ao fim, pois o fim não existe. Felicidade é viver assim, solto das patas.
O Dr. Kaufmann, um médico de cirurgias pesadas na UCLA, em Los Angeles, não tira férias (assim como meu Galo Velho!). Ele diz que as 17 horas encerra o expediente indo jogar tênis, e que ninguém lhe interrompe o jogo. Está em férias permanente fazendo o que gosta (assim como meu Galo Velho!). Entretanto, duvido que seja tão feliz como o resto do povo brasileiro.
Estou chegando das minhas férias, e vocês também, portanto ao trabalho. Vocês, eu vou escrevendo a alegria da vida.
 


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Boletim 210.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
 
Férias.
 
O meu Galo Velho, que nasceu Cristino Gonçalves, nunca conheceu férias. Até mesmo ria quando lhe faziam a pergunta. Era um feliz, e estava em férias permanente fazendo o que gostava. Nunca conheceu outro rincão senão aquela costa de lagoa. Vai agora ficar sem tirar férias. Você se sentirá marginalizado. O Brasil está parado, e espero que o Mundo não esteja. Creio que até os ladrões estão em férias. Ao menos isto.
Então fui conferir meus boletins - seis boletins em janeiro, o que representa mais de um por semana, deve ser falta do que fazer. Vou entrar em férias, e certamente vocês gostarão de parar de abrir e fechar tanta porteiras, que no final dá canseira.
Até o mês que vem. Ah! Não esqueçam de tirar férias...
 
Deixo com vocês uma imagem de Colônia do Sacramento. Dias atuais é verdade, mas as paredes falam de um outro tempo. A foto é de Alex Haas.
 
 
Deixo também o final do poema, composto por 43 versos, intitulado "Colônia do Sacramento", uma verdadeira epopeia escrita por Balbino Marques da Rocha em 1965.
 
"...De tanto pisar o chão, a gente vai se adonando, e sem se notar vai se amando a terra a que se afeiçoa... A terra é como a criança, que só o carinho transforma, se abandonada é a norma, cria inço e desfigura... É assim como a criatura que vem a luz, ao calor, que só a ternura e o amor, são capazes de engendrar, desenvolve as exponências... pois são de vidro as essências onde o talento viceja...
 
Por isto que a nossa história tem um ponto sobre o Prata.. É um nó que ninguém desata. É um momento do passado que ficou cristalizado, na formação de um Império... É a área de um cemitério que nos chama na distância... É a catacumba da estância, que ficou no corredor, na esperança de um translado... Cinzas do nosso passado, pedaços de nossa História, estrelas da nossa glória, que brilham em céu distante sobre a Bacia do Prata... Há ossos que não descansam, se a compreensão não alcançam, no exílio da Pátria ingrata".
 



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Boletim 209.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O choro.
Tu choras ou não choras? Sei, vai depender do momento. Tem os chorões, como eu, que choram num namoro de borboletas. Mas conheço alguns que não choram nunca. Parece que têm um tampão nos dutos nasolacrimais. Todo mundo sabe que o excesso de lágrimas é em decorrência de emoções fortes, mas já estive ao lado de pessoas que não choraram, enquanto eu me derramava em lágrimas assistindo a mesma cena. Que coisa! Cheguei a me recriminar. Conheci um tio, irmão de minha Mamãe, que não chorava nunca, nem quando ela morreu. Ele era ateu é verdade, mas conheço muito católico praticante que também não chora. Então este negócio não tem nada a ver com Deus. Parece que tudo está em nosso "córtex pre-frontal" (fala aí Irmão-Primo Ney Artur). Devo confessar que meu bestunto, com minha parca filosofia, não chegou em lugar algum, e não vou cansar vocês com um assunto tão complexo, onde ninguém chegou.  
Vou concluir com a velhíssima frase do "conhece-te a ti mesmo". Nada adiantará conhecer o outro, se não me conhecer. Então testemunho que me sinto bem após um bom choro, e vi como sofrem aqueles que não "aprenderam" a chorar. Os psicanalistas deveriam começar por aí.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Boletim 208.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
Não desista.
Os derrotados são aqueles que desistem. Nascemos para brilhar. Alguém está sempre conosco.
Não tenho conseguido desligar a música. Sempre que escrevo ela me acompanha, no silêncio de mim mesmo. Acredito que seja harmonia, conjunto de notas que enfeitam o meu viver. Interessante que não toco nem gaita de boca, na inveja de minha prima Marila, que com seus 90 anos dá show. Então encontrei a música "Because we believe", que estou colocando abaixo, bastando clicar nela. Procuro fugir das pessoas negativas, buscando o positivo que habita nas outras, e por tal adorei a música. Certamente isso se deve ao fato de reconhecer que o fim não existe, e que tudo está sempre começando. Seja aqui, ou lá distante, pois a vida não nos pertence.
Desejo que vocês brilhem. Que vocês não desistam. Creiam que Ele está sempre conosco.
  
 


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Boletim 207.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O perigo.
Temos medo ou gostamos do perigo? Quando o encontramos reagimos ou fugimos dele? É necessário meditar um pouco, antes de encontrarmos uma resposta. Primeiro vamos localizar qual o perigo. Poderá ser um leão, ou até mesmo um cachorrinho puddle. Poderá ser andar de carro, ou de avião, e aí independerá da velocidade que ele andar. Conheço muitos que adoram a velocidade e outros a temem.  Assalto, acidente, doença, e são tantos os perigos que fica difícil enumerá-los. Dizem que tudo é uma questão de adrenalina, e pelo que me ensinaram ela surge nos momentos de "stress" quando dos esforços físicos. Pouco entendo do assunto que é muito técnico, mas acho que ela também surge no esforço mental, exatamente onde reside o medo ou a coragem. Então volto na velha tecla - equilíbrio. Quem consegue manter o equilíbrio nos momentos de perigo? Sei, este equilíbrio se chama calma, e é com ela que iremos agir certo ou errado. Então calma, não estou ensinando nada para vocês, eu mesmo quero entender do assunto. Estou tentando fazer vocês meditarem, já que estamos expostos ao perigo diariamente, e dependendo de nossas reações teremos êxito ou seremos eliminados, independente se rezarmos ou não. Pensem nisto.
 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Boletim 206.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Terno de Reis.


Poucos entenderão a simbologia desta lenda religiosa. Eu mesmo estou pesquisando para entendê-la no profundo de seu significado. Esses reis, Melquior ou Belchior, Baltasar e Gaspar, dizem que não eram propriamente reis, mas sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia. Contam que eles viram uma estrela, que os guiou até o local onde estava o menino Jesus, chegando lá no dia seis de janeiro, quando Lhe oferertaram três presentes: ouro (representando a realeza), incenso (expressão de fé cristã) e mirra (representando a imortalidade, pois era usada no embalsamento dos corpos).
A devoção ao Santos Reis Magos remonta à Idade Média, transladada no século VI desde Constantinopla até Milão, e suas imagens ainda hoje constam na Catedral de Colônia, na Alemanha. O seu propósito não é levar presentes, mas receber  doações do dono da casa, com finalidade puramente filantrópica, ofertada à igreja católica no local do evento. Cada terno de Reis deve possuir sua bandeira, chamada de "Doutrina", e é feita de pano brilhante, com a estampa dos Reis Magos. Ela é beijada respeitosamente pelos familiares das casas visitadas, e passada com muita fé sobre as camas da residência. Esse respeito perdura durante o ano todo, mesmo passada a época de Reis. Na casa onde ela fica guardada há orações periódicas diante dela. 
A foto acima foi de um Terno de Reis, ofertado pela Querência dos Poetas Livres - Vilmo Medeiros, à residência do Senhor Odir Deantoni, no dia seis do corrente ano, na cidade de Arambaré (RS).
(A pesquisa foi feita na Wikipédia)



domingo, 4 de janeiro de 2015

Boletim 205.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA
Ano Novo.
Já é velha essa novidade, para quem a viveu oitenta vezes. Vocês sentirão que com o passar dos anos tudo vai serenando. Parece que não há mais novidades, e aprendemos a beber a calma do ocaso, sabendo que ele é a única verdade da vida, concluindo nossa missão e dando conta de seu conteúdo ao Pai Criador.
Quem ainda não descobriu, um dia entenderá que a vida é bela. Basta viver, zelando dentro de si por quem nos criou, e ofertando a Ele uma obra ainda melhor do que aquela que recebemos. Basta amar, até mesmo aquele que tentou nos ferir, e não conseguiu. Basta a resignação da dor, e a espera do tempo, para colhermos outra flor. Basta mantermos acesa a vela da esperança em nossos corações, sabendo que o fim não existe, transpondo o tempo e esperando a perfeição de uma outra vida. Basta a certeza de um novo Ano Novo que virá, e com ele a vida se desdobrando, fatia em fatia, na necessidade de continuarmos amando, pois tudo será vazio sem o amor.
Um feliz Ano Novo a todos vocês.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Boletim 204.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
Viver. Minha mensagem de Fim de Ano.
 
Atreve-te a viver! Não tenhas medo. A vida é bela, e além de tudo é longa, para aqueles que se amam, cuidando de suas saúdes. Ela  será ainda mais perfumada se não perderes a esperança no amanhã. Para tal é necessário teres construído um passado limpo e puro, sem ressentimentos ou mágoas, pois o passado não se acaba. Não deixes morrer a eterna criança que habita em ti. Não sejas tão circunspecto, e sem fugir dos teus problemas não permitas que eles te mate. A vida não terá sentido se não tiveres problemas, pois só eles farão com que cresças. Acredites em uma outra vida, pois o fim não existe. Ao amares faças por inteiro, mas não totalmente, devendo guardar mais amor à Deus, que habita em ti. Não sonhes com a felicidade, e mesmo, não a procures, pois ela é que deve te encontrar. Ela só pertence àqueles que a merecem. Para a mereceres guarda as Virtudes, principalmente as teologais: Fé, Esperança e Caridade. Felicidade para ti no Ano Novo, e nos muitos outros que virão por tua frente.
Aprecia com amor a música, clicando nela:
 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Boletim 203.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O final de ano.
Interessante como nesta época meu coração parece crescer, como se eu não tivesse amado durante o ano que passou. Quero ofertar até aos estranhos, fazer presentes anônimos, talvez envergonhado do meu não querer. Serão os cântico de Natal, a imagem de um velhinho barbudo e, a bucólica paisagem dos pastores com as ovelhinhas, que fazem meu coração bater diferente? Onde está a força da vida? Aquela que me fez lutar para vencer os obstáculos. Parece que meu coração perdeu a força, ou amansou de repente. Não quero vencer nada, e só penso em ofertar. Que coisa! Certo, o fato é que está tudo correto comigo, e com a minha família, rezando por aqueles que lutam contra algum mal. A força da vida não deve ser dedicada em vencer a matéria, mas ofertada à Glória do Senhor, aquele velhinho barbudo, que representa a Eterna Criança, que sempre estará renascendo dentro de nós. Iria anexar uma imagem de Natal, pedindo saúde, saúde, saúde a todos vocês, mas além disso, vamos ofertar amor ao Senhor Criador de Todas as Coisas, pedindo que Ele nos ensine renascer a cada ano.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Boletim 202.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Procurando um estribo.

O cavalo já está encilhado, e nem apertei a cincha no peito, já que a jornada vai ser ao tranco, apreciando o calmo da noite, buscando pela boieira que guiará meu rumo. Vou procurando por um estribo para a última recorrida, que nem sei bem qual o caminho, pois o Sol se esconde, e a bruma escura vai tapando o meu horizonte distante. Sei que um luar surgirá, e as estrelas brilharão descortinando a estrada comprida e desconhecida. De rumo feito vou reboleando o rebenque, pelo dever de casa cumprido, sabendo que nada mais resta fazer, por estar tudo justo e perfeito.
Recolutando o tempo me dou conta que parei um belo rodeio. Não por grande ou bonito, mas por bem trabalhado. Escolhi uma boa coxilha na minha existência, e nela não dei descanso pro pingo, sem esconder minhas rodadas e os bons tiros de laço. Quebrei muita geada fria, e não escondi a cara dos minuanos brabos. Por solto nos bastos consegui estender pelegos para muitos índios xucros e necessitados. Bebi café de cambona, e sorvi a fumaça pura dos cernes das plantas, que beberam a seiva do chão que alimentaram meus ancestrais. Ergui tetos de abrigos, e levei curativos de amor aos ranchos dos sofridos. Engraxei a cara com costela gorda, e derramei o líquido alegre da vida, ou da morte se não souber ser bebido. Dancei “arroz com feijão” ajudando a levantar poeira na felicidade dos entreveros de paz, e também acompanhei jornadas ao último palanque do pingo, fincado 7 palmos do chão, dividindo lágrimas da peonada.
Assim me “prancho” no estendido do chão, olhando as estrelas vivas, buscando novos espaços no etéreo divino, no esparramar de amor e respeito à quem amei e fui amado.


domingo, 7 de dezembro de 2014

Boletim 201.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
Uma prece ao vento.
Uma folha da palmeira invadiu minha sacada. Com o pensamento triste, vagando ao tempo, assustei-me com seu balouçar ao vento. Busco entender e tento rezar, mas algo me diz que não tenho direito de reclamar. Na verdade a vida não me pertence. Foi-me ofertada sem meu consentimento, com compromissos não contratados, entretanto, obrigados a serem cumpridos. O pensamento dispara na campina das existência, na busca dos muitos que partiram para a Invernada do Esquecimento, fazendo-me descobrir que deles nada mais existe. O que restou está dentro de mim, na construção dos exemplos, na imagem dos esforços, na resignação dos gestos, ou no amor que me dedicaram. Tudo um dia partirá comigo, e uma das minhas obrigações não contratadas, será deixar mais do que recebi. Persistirá a alegria de viver, e tudo estará acontecendo em algum lugar, na continuação da vida. Com as rédeas na mão, busco distinguir caminhos nesta trilha profunda, percorrida por tantos, percebendo que não existem trevas em meus olhos. Restará a linda tropilha dos familiares e amigos, buscando pela VERDADE, pedra angular da felicidade humana.  

(De um boletim do Rotary, em setembro de 2003).

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Boletim 200.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
Minhas impaciências.
 
Eu posso ser impaciente no trânsito, nas filas do banco, mas não posso ser impaciente com quem amo. Um princípio de respeito, que é a recíproca de meu amor também ser paciente comigo. Posso ir mais longe: a impaciência é o primeiro passo para o ódio, basta ser impaciente a todo momento. O impaciente é um intolerante. O intolerante é um preconceituoso. O preconceituoso é um discriminador. O discriminador é um marginal. Se multiplicar minhas impaciências, tornar-me-ei um fora da lei. Na verdade em certos momentos devo justificá-las, pois até Jesus perdeu sua paciência com os vendilhões do Templo. Deus disse que aos mansos será dado um lugar no céu, mas é muito difícil ser manso no meio de loucos. Nos hospitais chamam de paciente, aquele cristão deitado num leito, cheio de dores, muitas vezes na espera de sua própria partida. Paciente também é o brasileiro honesto, que paga seus impostos em dia, vendo seus esforços escoarem para os bolsos dos Vendilhões do Templo. Que as nossas impaciências não nos levem a novo regime de exceção. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Boletim 199.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA
O Amor.
O autor que me desculpe, pois encontrei a frase perdida na internet: "O Amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte". Não é fenomenal? Esse é um tema que não se afasta de mim, pois assim como vocês fui criado com amor. Basta. Certamente o bandido não conheceu esta dádiva divina. Por falar em Deus, vejam o que Seu Filho deixou na Terra. Dois mil anos se passaram, e o amor que dedicou aos homens permanece "crescendo", pois creiam a violência tem diminuído com os passar dos séculos. Sei que a frase não pega bem, com este "monte" de violência que assistimos no dia a dia, mas as Guerras Mundiais, flagelo da humanidade, parece que estão contidas.
Até vou fazer novo parágrafo, coisa que não gosto. Preciso dizer que o roubo na Petrobrás é falta de amor. É violência. É desumanidade contra o brasileiro. É ambição desmedida. Volto a afirmar que temos de encontrar o "equilíbrio". Equilíbrio na distribuição de rendas, equilíbrio na administração pública, equilíbrio no amar. Sim, pois quando se ama alguma coisa em demasia, ela vira em fanatismo. Não esqueçamos que metade de nossa capacidade de amar, deve ficar dentro de nós mesmos, pois ela pertence a Deus, que nos criou. Vamos distribuir amor. Não custa nada, e faz bem.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Boletim 198.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
A saudade.
 
Julgo que não devemos alimentar as saudades, crendo que elas é que nos alimentam. Talvez a frase seja controversa para muitos, mas é o meu pensar. Desde os quinze anos, quando perdi minha Mamãe, deixei que ela alimentasse o meu viver, e creio que tem dado certo. Sábado passado perdi muito mais do que uma prima, uma verdadeira irmã, Ivette Centeno Rodrigues. Ela ficou órfão da Mãe em tenra idade, e passou a ser criada por minha Mamãe, passando a ser minha irmã de criação.
Ivette deixou muitos escritos que guardo com carinho. Copio abaixo, um pequeno trecho, do que escreveu no dia 4 de abril de 2007:
"Fecho os olhos. Estão feridos. É o passado. É outro tempo, mas prossigo no labirinto de minhas lembranças que, com alegrias e sofrimentos, alicercei a minha maturidade. Se minhas mãos são fortes, e meu punho bate em sintonia com meu coração, tenho certeza que atingi a meta, que meu carinho e meu saber cresceram entre os vestígios do tempo, sabendo conduzir meus filhos para o bem. Às vezes me pergunto:
Será que eu sou a árvore cujas sementes os pássaros - meus filhos - pousam em seus ramos?
Será que na orquestra de minha vida, com mãos firmes, seguro a batuta para reger sinfonias diferentes?
Serei eu a peregrina que vai deixando rastros, e mudando de vereda conforme a idade?"
Ela conheceu a vida, por tê-la vivido intensamente. Gravo abaixo a minha despedida da minha irmã-prima Ivette, em seu apartamento em PAlegre, há poucos meses passado.
 
 
 


Boletim 197.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Vencendo obstáculos.
Primeiro me digam quais são os nossos obstáculos. Para muitos será pular mais alto, outros chegar mais depressa, ou ainda nocautear o adversário. Para outros será enriquecer, e melhor se conseguir de um dia para o outro. Olhem as filas da Mega Sena. Para os mais esclarecidos, o único obstáculo é alcançarmos a EDUCAÇÃO. Quanto mais atrasado o povo, mais ladrão ele será. Então, leiam a crônica de João Ubaldo Ribeiro - Educação - que tentarei colar abaixo. Ele trata da matéria prima com que se constrói um país. Claro, esta matéria prima é o povo, e vejam o povo que temos no Brasil. Não adianta trocar nossos governantes, o povo continuará o mesmo, reclamando e roubando, principalmente aqueles que votaram errado. Ubaldo diz que a moeda do brasileiro é a ESPERTEZA. Alguém se atreve a contrariar? Lembrem a propaganda do Gerson, o negócio é tirar vantagem. Enquanto isto vamos rezando a Deus para que nos proteja, desejando que os governantes vençam o obstáculo de construírem mais cadeias, pois parece que resolveram colocar os ladrões (ricos) nelas, e certamente vai faltar muito espaço.

Achei esta frase que não sei de quem: "
"Não é a política que faz os políticos virarem ladrões. É O SEU VOTO que faz os ladrões virarem políticos".
 
Obs.- Não consegui colar o anexo do João Ubaldo, mas não conseguindo mando uma oração. Cliquem. Se parar é necessário clicar em "começar" - delta ou triângulo embaixo, ou cliquem na própria imagem.

https://www.youtube.com/watch?v=3dcbSQOaNH0&list=RD3dcbSQOaNH0


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Boletim 196.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
A humildade.
Convivo com muitas pessoas nas várias instituições que participo, e presto atenção nos seus comportamentos, descobrindo suas atitudes sociais. Uma delas, especialmente, que conheço desde muitos anos, nunca ouvi pedir uma desculpa sequer. Certamente nunca errou, ou não reconhece seus erros. A única criatura que nunca errou é Deus, mesmo que nos mande um tsunami, para chamar a atenção dos homens por seus erros atômicos. Mas o que quero dizer é que para termos humildade, necessário se faz que tenhamos nossas consciências na superfície dos sentimentos. De nada adianta escondermos os erros praticados, sendo necessário "falarmos" com nosso interior, para ouvir a voz tranquila da consciência. Possivelmente teremos desagradáveis diálogos com ela, tocando nas profundas feridas que praticamos na alma. Se não por ação ou omissão, por certo em pensamentos. Todo o mal reside no fato de sabermos que fomos feitos à semelhança de Deus, e carregarmos uma ínfima partícula d'Ele, achando que somos perfeitos também. Graças Lhe dou meu Senhor, por fazer minha consciência gritar alto cada vez que erro, pois fácil é reconhecer os acertos, difícil é reconhecer os erros.

  

domingo, 2 de novembro de 2014

Boletim 195.

ABRINDO  FECHANDO A PORTEIRA.
 
A família.
 
Por mais que me digam, que a família está se acabando, não creio, pois ela é o princípio da vida e do amor. Assim não viveremos sem ela. Pode os conceitos de ética e de moral estarem se modificando, num ajuste social, onde a mulher passou a se tornar um ser humano, lutando ao lado do homem para desfrutar as benesses do mundo moderno. Mesmo assim, a mulher não deixou de amar seus filhos, nem mesmo abandonou seu lar. A mídia só sabe focar os casos omissos e criminosos, pois se focarem os normais não terão audiência. Vivi um mundo muito pior que o de hoje. Assisti minha única irmã romper com um noivado (por força da "família"!), porque o noivo era de partido político adversário. Assisti a dificuldade da mulher cursar uma faculdade, e a mais fácil para a sua formação era a de professora. Muitos não entendem o quanto estamos evoluindo, pois não veem que estamos passando por um período de adaptação.
Agora, vai juntar a família para passar um Natal, ou a Festa de Fim de Ano! No meu outro tempo havia um Patriarca (que pagava todas as contas) e mandava em todo mundo. Era um verdadeiro regime ditatorial! Viva a democracia! Viva nosso Galpão do Galo Velho, cujo lema é "PAZ E RESPEITO".   

domingo, 26 de outubro de 2014

Boletim 194.

O direito de errar.
Ela desempenha as funções de dona de casa com perfeição. Foi criada para isso desde criança, sem adquirir outra profissão. Desastradamente errou, deixando cair ao chão o prato que se espatifou. Desesperada perdeu o controle, lamentando por tê-lo pintado com carinho anos atrás. Deixei que se acalmasse para lhe dizer - "tens direito de errar". Daí a frase ficou bailando em minha cabeça - direito de errar? Sim todos nós temos este direito, desde que o erro não seja proposital. Um erro inconsciente, deve ser inconsequente....
Mas se o piloto errou e jogou o jatinho ao solo? Se o médico errou e o paciente morreu? Se o engenheiro errou e a obra ruiu? As consequências serão terríveis, não é mesmo? Agora, quem será capaz de julgar o piloto, o médico ou o engenheiro? A culpa desses profissionais será a mesma daquela dona de casa, que quebrou o prato sem propósito. Não havendo imperícia, omissão ou negligência, eles serão absolvidos, mesmo que esta absolvição seja a de Deus, pois a justiça dos homens tem imperícias, omissões, e negligências.
Abram o site abaixo, onde na verdade há mas sorte do que outra coisa qualquer, mas quanta imperícia, imprudência e negligência!

http://devour.com/video/close-calls-2014/

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Boletim 193.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
O Sucesso.
 
Esta é um obsessão da humanidade. Não se mede sacrifícios para chegar ao sucesso. Todos querem uma superação, seja onde for, nos esportes, nas finanças, na beleza e, a qualquer custo. Pouco importa se para chegar lá tenham que sacrificar até mesmo alguns anos de vida. Pouco importa a família e os amigos. Dane-se a ética e os conceitos sociais. Hoje a religião dos homens é vencer! Então fico batendo nestas teclas, onde também bate forte o meu coração gritando pelo equilíbrio! O desastre está tanto lá em cima, na conquista, como lá embaixo, na derrota. Encontrei uma bela frase que diz, "devemos trabalhar para viver, e não viver para trabalhar". Sei, vocês que me leem estarão concordando, já que os que não gostam de me ler é porque estão se matando. O desastre consiste no seguinte: tudo que conquistei alguém já conquistou, e estão me ofertando algo mais de novo, que não consigo comprar.
Agora vejamos o contrário. O homem foge de tudo isto é vai para uma praia paradisíaca, sob um chapéu de sol, com cerveja gelada, assistindo o mundo passar. O que ele irá construir para si, e para os outros? Nada. Fugir do mundo também será um desastre.
Concluo. Vamos nos deliciar com a nossa alma. Busquemos pelo nosso interior onde só nele alcançaremos a Paz de Deus, na certeza de uma outra vida, mais plena de amor.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Boletim 192.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
O alimento dos nossos sentimentos.
 
O que possuímos de melhor são nossos sentimentos, e por tal eles devem ser bem alimentados, para "sobreviverem". Claro que o alimento do bom sentimento é o amor, assim como o ódio é o alimento do mau sentimento. Daí concluir que quanto mais bebermos amor, mais mansos seremos, e quanto mais bebermos ódio mais violentos nos tornaremos. É necessário fazermos um retrospecto, para concluir que estamos melhorando. Nem quero me referir à era da Antiguidade, com seus "bárbaros" problemas, e vamos entrar na Idade Média (Século V), onde não melhoraram em nada nas suas violências e ódios. Chegando na Idade Moderna (Século XV), só o que melhorou foi a saída da fome e da peste, devido a novas técnicas da agricultura, terminando com a fome e aumentando a população europeia, mas o ódio continuou. Para não "estender o laço" vamos logo para os dias de hoje, e hoje é o dia de quem escreve, que assistiu na juventude o ódio estampado nas atitudes de ancestrais, que só pensavam nas revoluções gaúchas, uma atrás da outra. Sei, hoje ainda persiste ódios, existem guerras, e em alguns países há fome, mas estamos evoluindo. Minha instituição Rotária combate a peste e a fome no mundo inteiro. Certamente hoje existe muito mais amor nos corações humanos, do que em tempos passados. Rezemos, para que Deus continue abençoando os sentimentos dos homens. 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Boletim 191.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A vida privada.
Volto ao assunto porque cada vez fico mais assustado. Já nem me refiro as tais "redes sociais", pois estas vivem da vida alheia,  ou os alheios vivem mostrando suas vidas privadas. Vou me referir aos programas de TV. Levam um cristão para a frente da telinha, e passam a vascular a vida do coitado. Eu até já me emocionei com certos fatos relatados pelo entrevistado. Então, se entram no mais profundo de sua existência, como por exemplo sua atividade sexual, a coisa vira num verdadeiro sucesso. O Faustão se esbalda, dando piadas apimentadas. Quanto mais forte, maior será a emoção dos espectadores, um verdadeiro espetáculo. Fico me perguntando o que eu tenho com tudo aquilo? Não me fornece lição alguma, nem modifica meu modo de ser. Estando tranquilo, por ser bastante crescidinho, fico pensando nos mais jovens, que hoje certamente serão a maioria dos espectadores. Também eles não receberão lição alguma, pois o que aprenderam foi na educação do lar e da escola. Tento chegar a uma conclusão: Tudo é o espetáculo, nada mais do que se divertirem com o outro, assim como os romanos se divertiam com o sangue dos cristãos. Não vou nem comentar a droga das novelas... Todos agem assim porque não encontram um espetáculo de cultura, como um teatro, uma palestra educativa, uma viagem cultural, um programa de TV educativa. Sei, tudo isto existe, e creio que até bastante, mas quantos se interessam por eles? Para a maioria eles são desinteressantes, sem "espetáculo", salvo se no filme houver uma cobra engolindo um cristão vivo. Vou lamentar, pois certamente fecharei meus olhos, antes que meu querido Brasil adquira cultura.

sábado, 27 de setembro de 2014

Boletim 190.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
A lenda do chimarrão.
 
Já escrevi que todo velho tem suas baldas (para quem não sabe, balda quer dizer "mania"). Quando então se é muito velho, passa a ser lenda. Vamos à lenda do chimarrão.



Quando o homem branco chegou aqui, os indígenas eram nômades, não como hoje, vivendo na beira das estradas, ou "invadindo" aquilo que um dia foi seu. Naquele tempo, um velho índio se sentindo fraco recusou-se a acompanhar a tribo. A mais jovem de suas filhas, chamada Jary decidiu ficar junto do velho pai, assistindo seu amor, chamado Pery, perder-se na curva do mato.
Algum tempo depois entrou na taba deles, um estranho pajé, que sabendo do gesto desprendido da jovem, tentou uma recompensa pela sua atitude fraterna, perguntando a ela o que desejava para ser feliz. Jary permaneceu em silêncio, nada pedindo. O velho pai respondeu em seu lugar: "Quero renovar minhas forças, para retornar à minha tribo, levando comigo minha Jary para junto de seu amor Pery". O pajé entregou então ao velho índio e sua filha, uma planta de cor muito verde, chamada de "caá-y", ensinando aos dois como planta-la, e colher suas folhas, secando-as ao vento, para depois serem trituradas, fazendo com a mesma uma infusão reconfortante. Com a nova bebida o velho índio renovou as forças, e em pouco tempo iniciou seu retorno à tribo.
A bela índia Jary ao passar de duas luas, reencontrou a tribo, e nela seu grande amor, que persiste ainda hoje, nos constantes beijos que ofertamos em nossas bombas de chimarrão.


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Boletim 189.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
 
A chama crioula. O dia em que nasceu o tradicionalismo.
 
Há sessenta e sete anos passados, mais precisamente no dia 7 de setembro de 1947, um grupo de estudantes do Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, liderados por João Carlos D´Ávila Paixão Cortes tomaram uma fagulha da Pira da Pátria, no Parque Farroupilha. Para tal utilizaram um cabo de vassoura, na ponta do qual enrolaram alguns panos, alcançando o seu cume, e acendendo no Fogo Simbólico uma pequena chama, que a transportaram para o Colégio Júlio de Castilhos. Estavam devidamente pilchados e encilhados, e lá chegando lançaram as bases do Movimento Tradicionalista  Gaúcho. É necessário dizer, que naquela metade do século passado, quem andasse pilchado era vaiado. Aqueles oito estudantes: Cyro Dutra Ferreira, Antônio João Sá de Siqueira, Orlando Jorge Degrazia, Fernando Machado Vieira, João Carlos D´Ávila Paixão Cortes, Ciro Dias da Costa, Ciço Araújo Campos e João Machado Vieira tinham seus umbigos plantados nos férteis campos do Rio Grande do Sul, e a saudade do pago fez iluminar o esplendor do gauchismo.
Quanto mais brilhar esta chama, mais alimentaremos em nossos corações o gauchismo. Assim nos orgulhamos do gauchismo ter ultrapassado as fronteira do Rio Grande do Sul, com CTGs plantados em quase todos os estados brasileiros, como também ultrapassarmos a fronteira do Brasil, pois só nos EUA temos mais de 50 CTG, devidamente registrados no MTG.
 


domingo, 7 de setembro de 2014

Boletim 188.

ABRINDO  FECHANDO A PORTEIRA.
 

A REVOLUÇÃO FARROUPILHA

         Em fins do século XVIII o mundo havia passado por forte transformação social, com o iluminismo, que somente na primeira metade do século XIX chegaria à nossa incipiente América do Sul. A Revolução Francesa com sua bandeira: Liberdade, Igualdade e Fraternidade inspirou o lema da Revolução Farroupilha: Liberdade, Igualdade e Humanidade, fazendo com que os gaúchos entendessem os novos princípios éticos e morais, iluminando o mundo de esperanças. Assim, o Gal. Antônio de Souza Netto gritou pela nossa República Riograndense, cinquenta anos antes de Mal. Deodoro da Fonseca.
Esta nova forma de governo, chamada de República, já havia se instalado em diversos países, difundida pela Maçonaria Universal, que ainda hoje propugna pelo combate à tirania e o fanatismo. Assim, o líder farroupilha e maçom, Gal. Bento Gonçalves da Silva, envolveu muitos outros irmãos da nossa Ordem, como o italiano Giuseppe Garibaldi, e trinta outros conterrâneos, todos maçons, que aqui vieram defender o ideal da liberdade.
A História Farroupilha e suas causa é do conhecimento de todos, o que desejo fixar aqui é o amor de nossos ancestrais, alimentado em nosso sangue pela seiva da terra, onde nossos antepassados derramaram seu sangue. Com lanças em riste, e muitos corações vibrantes de idealismo, seguiram seus líderes, que na frente de combate mostravam o caminho da vitória. No nosso solo ainda hoje frutifica a têmpera gaúcha, desfraldando a honra da palavra dada, a hospitalidade do respeito a um lar, e a valentia de um povo, que aprendeu no campo da batalha a desconhecer o perigo, pelo respeito herdado dos ancestrais.
 Foi no campo de batalha que despertou o atavismo gaúcho de amor ao solo pampa, no apego aos ideais, no desvelo à família e na devoção ao seu cavalo, o mais forte dos amores. Ele o companheiro nas horas difíceis da vida e da morte, sempre com as rédeas na mão, e atento ao perigo eminente.  Na sua agilidade e destreza era o salvador da própria vida, ao obedecer a caimba do freio, ao firmar patas em solo escorregadio, ao retesar músculos no entrechoque das lanças. E, se resistimos por dez anos de guerra cruel, foi pelo ímpeto e a força do cavalo crioulo, assustando inimigos pela destreza e valentia do soldado farroupilha.
Que nossa têmpera gaúcha continue mostrando ao povo, os ideais cívicos conquistados nos campos de batalhas: LIBERDADE, IGUALDADE e HUMANIDADE.

Nas lutas da humanidade...        
Nos planaltos e nas matas,         
o desenho das tuas patas             
foi o selo da verdade,                 
sobre governos e ideias...          
Os povos foram plateias                        
das tuas soberbas jornadas.         

Sombra de sol e lua,
numa amplidão meridiana.
Disparaste na savana...
E em noite medonha e crua,
espicaçando em cruzadas,
caraguatás e alecrins,
teus cascos como estopins,
estremeceram chapadas,
nas distantes alvoradas,
retinidas de clarins!

(Balbino Marques da Rocha).

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Boletim 187.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
Façam tudo com amor!
 
Primeiramente é necessário dizer que eu não consigo, mas estou tentando, e encontrando muita dificuldade. Àqueles que amo faço com 90% de amor. Aos amigos faço com 60% de amor. Aos estranhos não sei qualificar, mas é uma nota baixa, algo como 30 ou 40%. E o meu eu? Quanto me amo? Não sei dar uma nota para mim mesmo.  Sabendo que Ele habita em mim, e me respeita, fico pensando no quanto não O respeito. São frequente minhas impaciências, mesmo tendo corrigido minhas exasperações. No trânsito, cada vez mais difícil, tenho mantido boa educação, mas apenas boa, quando deveria dizer ótima. Na minha escrita, quando estou matutando nestes traços, e minha Jane interrompe seguidamente, fico com dificuldade de ser educado. Nos gestos cotidianos, como ainda pouco, ao quebrar um prato pintado por ela, não consegui fazer com que o amor me perdoasse. Será que ponho amor em cada aperto de mão, em cada abraço? Ou será que o faço distraidamente? Um abraço faz bem aos dois que se abraçam. O amor é a chave da felicidade. Ele tão decantado, declamado, poetizado é pouco praticado.
 
Espero que me entendam, para me ajudar a amar mais.


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Boletim 187

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
Feliz pra burro...
 
Vocês sabem o quanto falo de felicidade, então, meu Irmão-Amigo Negro Velho, que nasceu Wilson Scherer Dias, postou no Facebook, e estou repetindo.
 
 
 
 
Um dia, o jumento de um fazendeiro caiu no poço. O animal relinchou penosamente por horas, enquanto o fazendeiro pensava o que fazer. Por fim, o fazendeiro chegou a conclusão de que o poço precisava mesmo ser fechado e, como o animal estava velho, não valia a pena resgata-lo.
O fazendeiro convidou seus vizinho para ajuda-lo. Todos pegaram pás e começaram a jogar terra dentro do poço. No início, percebendo o que acontecia, o jumento relinchava, desesperado. Depois, para surpresa geral, aquietou-se. Algumas pás de terra depois, o fazendeiro resolveu olhar para baixo e ficou surpreso com o que viu. O jumento sacudia cada pá de terra que caía sobre ele, e aproveitava a terra para subir um pouco mais.
Não demorou para todos se espantarem ao ver o jumento escapar do poço e sair trotando alegremente.
A vida vai jogar terra em você. Todo tipo de terra. Para sair do poço, o segredo é sacudi-la e aproveitá-la para subir mais um pouco. Cada um de nossos problemas pode ser um degrau. Sairemos do poço mais profundo, se não nos detivermos, se não desistirmos. Sacuda a terra e aproveite-a para subir um pouco mais.
 
Lembre-se de cinco regras simples para ser feliz:
1- Livre seu coração de todo o ódio. Perdoe.
2- Livre sua mente das preocupações. A maioria nunca acontece.
3- Viva com simplicidade e aproveite o que você tem.
4- Ofereça mais.
5- Espere menos.
 
Concluo que parece fácil, mas não é.

 
 
  
 


domingo, 24 de agosto de 2014

Boletim 186.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
O poder do livro.
Assisti hoje no programa Esquenta, Regina Cazé entrevistar um homem, que quando criança buscava alimentos nos lixões da cidade do Distrito Federal, para ele e outros dez irmãos.  Regina sempre nos traz uma lição de vida, e essa foi profunda, num momento em que grande parte de nossa população busca um novo rumo para sua vida. Aquele menino num certo dia encontrou um livro, que não gravei o título, mas que mudou o destino de sua vida. Ali ele entendeu que todos nós temos direito a um outro espaço, que deve ser conquistado com sacrifícios. Ele passou então a juntar mais livros, mesmo os molhados com chorume, gastando seu tempo na leitura dos mesmos. Incrível, que no final da entrevista, Regina pergunta ao homem o que ele havia conquistado na vida, obtendo como resposta, que ele já estava formado em medicina, e a nova meta de uma pós-graduação. Emocionante.
Dou meu próprio testemunho, de quando fui para Porto Alegre concluir meu curso secundário, no Colégio Farroupilha. Contava com a idade de quinze anos, e minha Mamãe recém havia falecido. Tinha muito medo, e chorava muito, morando sozinho num quarto de pensão. Foi quando entrei numa livraria fazendo amizade com o livreiro, que me indicou livros. Creiam, tinha exame no dia seguinte, mas não interrompia as leituras dos meus romances. Não me formei em nada, e mesmo sem invejar aquele homem dos lixões, confirmo que foi nos livros que encontrei a paz, que ainda hoje me habita. Não sei passar sem os meus livros, que são o alimento de minha alma. O poder dos livros!

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”