quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Boletim 147

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A Partícula de Deus.
A zero hora do dia nove de outubro publicou artigo intitulado "Descobridores da Partícula de Deus levam o Nobel de Física". Seus nomes: Peter Higgs e Francois Englert, que identificaram há cinquenta anos, partículas que explicam a formação do Universo. Em matéria de ciência meus recursos são escassos, e não poderei fazer comentários técnicos, mas copio o texto da Zero Hora, página 41: 
"A teoria - conhecida como Modelo Padrão e que explica o comportamento das forças na natureza - indica que essa seria a partícula que garante massa a todas as demais e, portanto, central na explicação do Universo. Conhecida como Partícula de Deus, tratava-se de uma importante fronteira não resolvida pela Física. Nos anos 1960, o cientista Peterr Higgs desenvolveu a teoria e indicou que uma 'energia invisível' (o grifo é meu) preencheria um vácuo no espaço." 
Certamente vocês que me leem, não necessitam desta demonstração, pois Ele não é matéria para crermos em sua existência, que habita em cada um de nós. Amém.

Observação:
Novamente no Hospital São Lucas da PUC, onde entramos pela porta da frente desta vez. A cirurgia de reversão da minha Jane está sendo protelada, pois estão priorizando os casos graves. Nada nos preocupa. Estamos sendo bem tratados, e o principal é que ela está ótima de saúde. Darei noticias.
PS - Onze horas acabou a cirurgia. Tudo legal, e com Deus.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Boletim 146

ABRINDO A PORTEIRA.
Posso fazer alguma coisa?
Volto ao tema, porque alguma coisa mais deve ser corrigida. Havia me referido, que não devemos nos intrometer naquilo onde não somos chamados. Pois bem, essa máxima deve ser mantida, entretanto, não devemos ficar alheios ao que se passa aos nossos olhos. O que peço é que se afastem das grotescas cenas da nossa televisão. Minha repulsa é o sangue que exploram. Certamente havia muito mais sangue derramado em tempos passados, o que nos leva a crer que estamos evoluindo, mas que esta verdade não nos deixe estressados. Busquemos uma boa música, que fará bem ao espírito.


GALPÃO.
Igualdade.
Este é o sétimo mandamento do Galpão do Galo Velho, afirmando que ali acaba o patrão e o empregado, o negro e o branco, o culto e o ignorante, o rico e o pobre. Acontece que não consigo estender sua sombra para o mundo lá fora, pois o que se nota é que estamos cada vez mais em desigualdade. Como muitos de vocês, sou do tempo que havia poucos modelos de vestidos, dois ou três modelos de automóveis, os rádios eram de uma só marca, e por aí à fora. E hoje? Nem se consegue contar. Daí, haja dinheiro, trazendo mais desequilíbrio social.


HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
A carochinha.
As histórias que nos contavam! Histórias da "carochinha"! Histórias de invenções para criança, como define o dicionário. Ora! Vai agora fazer invenções para as criancinhas, para ver a "xingação" que irás receber. As crianças parecem nascer adultas, já desenvolvendo a massa cefálica no ventre materno, quando das conversas com elas. Quando nasci, me enrolaram nos cueiros e me socaram sete dias num quarto escuro. Daí concluirmos que a humanidade está evoluindo. Muito rápido, o que parece ser o único problema.

FECHANDO A PORTEIRA.
Já é outro dia, com o mesmo Sol, e novas esperanças. Não vamos fechar nada. Vamos então abrir nossas consciências.

domingo, 29 de setembro de 2013

Boletim 145.

ABRINDO A PORTEIRA.
O que eu tenho com isto? (2ª parte)
No boletim anterior abordei esse assunto, permitindo que um irmão e amigo se manifestasse sobre o tema.  Não discordou do que eu havia escrito, mas oportunizou que eu meditasse. 
Penitencio-me. Temos tudo a ver com tudo. Jamais poderemos ser omissos, que é o maior dos pecados sociais. Concluo, que o título deveria ter sido: Posso fazer alguma coisa?

GALPÃO.
Poucos entenderão o conteúdo da simplicidade. Primeiro - não há sujeira! Segundo - há respeito! Terceiro - muita Paz! Detalho a cena: Uma caveira de cabeça de jacaré. Um casco de tatu. Correames dependurados. Bancos servindo de mesas. Uma gamela grande onde a carne é cortada, depois gamelas pequenas de onde é servida com a mão, para depois ser sorvida com farinha. Claro, muitas latas de cerveja, que servem para alegrar. Por vários motivos estamos nos distanciando disso aí, e a cena não se repete.

HISTÓRIAS QUE EU CONTO.

AS LEIS MORAIS.
A educação de nosso espírito é feita pela liberdade de nossas ações, e é do conhecimento de todos que isto se deve ao maior poder que recebemos de Deus: O Livre Arbítrio. Nascemos com ele, e ao morrermos ele nos acompanhará na busca da perfeição, dominando nossa natureza terrena.
Existe uma pergunta de difícil resposta: "Qual a nossa verdadeira herança?" Será que serão nossos bens materiais e o desfrute dos prazeres mundanos? Encontramos a resposta no Livro Sagrado: "nós mesmos, ou aquele fruto que iremos colher".  Podemos afirmar que a grande luta do homem é contra sua própria natureza, ao conviver com a Natureza de Deus, preservando e encontrando nela o real sentido da vida humana - a felicidade.
 As Leis Morais são os seis mandamentos da segunda Pedra:
- Honrarás Pai e Mãe.
- Não matarás.
- Não pecarás contra a castidade.
- Não cobiçarás as coisas alheias.
5 - Não levantarás falso testemunho.
- Não desejarás a mulher do próximo.
Vejam quão difícil é nos aproximarmos de Deus, quanto mais sentarmos ao seu lado.
A pesquisa ainda nos leva ao Livro Sagrado das Escrituras, onde diz que todo o ato por nós praticado está inserido na "Lei de Causa e Efeito" - o que representa assumir RESPONSABILIDADES e, aqui nos referimos à CONSCIÊNCIA, elemento que distingue o ser humano. Cabe a cada um de nós o APRIMORAMENTO DA CONSCIÊNCIA, que será a chave do crescimento ético e moral da humanidade.

FECHANDO A PORTEIRA.
O nascer da primavera será sempre um novo renascer.




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Boletim 144

ABRINDO A PORTEIRA.
O que eu tenho com isto?
Desde muitos anos faço esta pergunta, sempre que encontro um fato que me chame a atenção. Uma discussão, um diálogo, uma fofoca, um simples necessitado, enfim, tudo que se passa ante meus olhos. A pergunta tem evitado que me intrometa onde não sou chamado. Ocorre que agora, temos um vídeo aceso aos nossos olhos dia e noite - a bendita e maldita televisão. Nela corre mais sangue do que beijos, além das fofocas e a tal de política. Estou sempre corrigindo minha Jane - o que tu tens com isto? Não adianta. Ela quer corrigir o mundo! Creiam, eu desvio minha atenção. Não tenho nada com aquilo...

GALPÃO.
Eu tenho tudo com isto.
Dou-me conta que na sua simplicidade, nada acontece demais, salvo alguma estercada de corujão de orelha, que ali chega para limpar os ratos do galpão, o que também foi corrigido ao telar as suas aberturas. Aos ratos, os gatos. No mais é a conversa das labaredas e o silêncio de mim mesmo.


HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Dr. Ruy Rodrigo Azambuja.
Essa história assisti em uma reunião de Rotary, em Porto Alegre. O Ruy além de meu primo, casado com a prima Marila Fay Azambuja, era meu Companheiro de Rotary. Ele deu uma palestra no Rotary Club Porto Alegre, lá no Edifício do Clube do Comércio, na Rua da Praia, onde atirou a televisão nos confins do inferno, e olha, isto se passou há mais de vinte anos. Se vivo ele fosse hoje, certamente morreria outra vez, pois as coisas se multiplicaram em violências, sangue, desastres, tumultos, roubalheira, assassinatos, novelas briguentas, famílias desestruturadas, pois é só o que eles colocam naquele vídeo. Amigos, aquela palestra me afastou da televisão. Liguem um bom som, com uma boa música, se afastando do estresse, e vendo a família mais unida. Ao menos conversarão, pois "quem não se comunica se trumbica", já dizia meu Avô...

FECHANDO A PORTEIRA.
Vou poupar a paciência de vocês, não falando nos celulares modernos, que possuem diversos nomes. Já perceberam que os jovens, e até mesmo algum mais velho mal educado, não conversam mais com vocês? Estão "ligados" 24 horas do dia...

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Boletim 143.

ABRINDO A PORTEIRA.
As virtudes cristãs.
O que todos nós sabemos é que nenhuma virtude é fácil de ser praticada. Meditem nas sete virtudes cristãs: Fé - Esperança - Caridade - Força - Temperança - Justiça e Prudência. Num primeiro momento parece ser fácil, mas para não me alongar, meditemos apenas na caridade. Parece ser fácil estender a mão com algumas moedas, não é mesmo? Pois talvez a caridade seja a mais difícil de todas, já que considero caridade = "amar ao meu próximo como a mim mesmo". 

GALPÃO.
Força.

Claro que no Galpão do Galo Velho se exerce muita força, mas não é esta a força da virtude cristã. Não é a força física, e sim a força moral. O dicionário diz que moral trata dos costumes e deveres do homem. Pois devemos nos fixar nos deveres do homem para com Deus. Daí encontraremos a paz, a amizade, o amor, o respeito, a elevação espiritual, e também a "força" para praticar as sete virtudes cristãs.

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Nanã.
Sou casado com uma Freitas Lima, cujo atavismo da raça é de serem pessoas impetuosas. Seus ímpetos por vezes chegam à exasperação. Contou-me o meu sogro, Raul de Freitas Lima, que uma parenta sua, apelidada de Nanã (o nome verdadeiro esqueci), descobriu que seu marido mantinha um "caso" com determinada senhora da cidade, cuja característica eram duas lindas tranças negras. As refeições naquele tempo eram dotadas de pesado ritual, e foi numa delas que o seu marido destampando uma das terrinas da mesa, surpreendeu-se com o conteúdo de duas lindas tranças negras. Houve profundo silêncio, e creio mesmo que não caberiam maiores comentários. A terrina permaneceu na mesa por alguns dias, até que o marido (naquele tempo tínhamos grande autoridade) falou que não queria mais aquele prato na mesa. Não comentou o fato, mas certamente não comeu mais do seu indigesto conteúdo. 
Por tudo isto, somado a busca das virtudes cristãs, sou um homem casto à minha Jane Freitas Lima, por 56 anos de fidelidade conjugal.


FECHANDO A PORTEIRA.
Vou me firmando nos estribos, suportando os corcovos da vida, e aprendendo que crescemos nas dificuldades.

domingo, 8 de setembro de 2013

Boletim 142

ABRINDO A PORTEIRA.
A pescaria.
Há quem diga, que quando estamos nervosos, devemos ir pescar. Certamente a estas horas, a humanidade de hoje estaria na beira d`água aprendendo a pescar. Sempre pesquei, mesmo não estando nervoso. Nosso grupo é chamado de "Os fisgados", e o título não se deve ao fato de termos fisgado algum peixe, e sim porque fomos fisgados pela Natureza. Pouco importa o tamanho do peixe, ou sua quantidade, o que importa é o contato com ela, e a convivência com os amigos. Ali nos elevamos, sentindo o poder do Criador, que nos extasia ante um simples cantar dos pássaros, ou o murmúrio do escorrer de uma água límpida e cristalina. 
O lindo dourado não morreu. Ele retornou às águas do seu formoso Rio Paraná. Ao centro meu saudoso amigo Gilberto dos Santos, com quem ainda pesco, no meu rio imaginário.

GALPÃO.
O dourado assado.
Ali ao redor do fogo de chão já se comeu muito peixe, mas aquele que permanece na memória foi um dourado assado pelo lombo, recheado por minha filha Márcia, e saboreado pelo casal amigo, Cláudio Ribeiro e sua esposa Míriam, quando um "boné foi jogado ao chão", oportunizando um giro aos EUA, em um congresso de criadores de Gado Devon. Ao chegarmos naquele lindo ano de 1984, nascia nossa primeira neta, a Fernanda Lahude Azambuja. 

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Histórias de pescadores.
A gente conhece várias, e quase todas são mentirosas, mas essa recebeu o juramento de meu tio e padrinho, Francisco Luiz Pereira da Silva, um dos homens mais probos que conheci. Pescava no açude da sua centenária Fazenda da Quinta, quando puxou quatro peixes, fisgados num só anzol. Uma traíra muito grande, que havia engolido uma menor, e dentro desta, a cabeça de outra pequenina traíra, que trazia o quarto peixe, o lambari, que servira de isca. Sei que vocês não irão crer, mas eu cri. 

FECHANDO A PORTEIRA.
Pescaria x Vicissitudes.
As pescarias nos levam a mudar de hábitos, percorrendo os mais diversos locais, com diferentes climas. As dificuldades muitas vezes nos surpreendem, e devem ser vencidas em conjunto, fortalecendo nossas amizades, pois não é na bonança que iremos crescer. 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Boletim 141

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Baruch Espinoza. (2ª parte e última)
Vamos naquele seriado, complicado e mais embrulhado que a cabeça do Espinoza.

"Deus falando com vocês":

5- "Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem te irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor".
O Galo Velho responde:
"Sempre confiei em Ti e só posso orar, para um dia ao teu lado sentar. Nada te peço, e só te oferto. Nunca temi por Ti, nem mesmo por Teu Juízo Final. Se por vezes sinto castigos, eu Te devolvo amor, para chegar no Teu Paraíso Celestial". 

6- Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
O G.V. responde:
"Irei sempre pedir o Teu amor, e o Teu perdão, pelas paixões e prazeres de meu inquieto coração. Os sentimentos e incoerências do meu livre-arbítrio são domadas por minha consciência".

7- "Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso"?
O G.V. responde:
"Creio que me castigas, mesmo feito à tua imagem. Quem diz é minha própria consciência, construída na dura aprendizagem, e imolada na tua onisciência".

8- "Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti".
O G.V. responde:
"Meus mandamentos e leis é minha consciência quem dita, e só o amor me controla, na Tua sabedoria infinita".

O Galo Velho é poeta de galpão, por tal, anda atrapalhado neste linguajar de quatrocentos anos atrás. As demais afirmações do Espinosa são todas "espinhosas", que ficarão sem respostas...

sábado, 24 de agosto de 2013

Boletim 140

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Baruch Espinoza.
Responder à Espinoza somente a ousadia de um Galo Velho! Um amigo enviou um e-mail, onde o filósofo holandês escreve:
"Deus falando com vocês":

1- "Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que eu fiz para ti".
O Galo Velho responde para 'deus':
"  Não paro de rezar nem de bater em meu peito, porque não consigo sair pelo mundo e desfrutar a vida, direito. Tudo que fizeste por mim, ao construir o mundo terreno, onde gozo, canto e me divirto, foi fazê-lo pequeno, e com certeza terá seu fim".

2- "Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste, e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas prais. Aí é onde Eu vivo, e aí expresso meu amor por ti".
O Galo Velho responde:
"Os templos lúgubres, escuros e frios que construí, aquentam minha alma, buscando por Ti. As montanhas, bosques, rios, lagos e praias imensas, nada representam, ante o céu celeste onde sentas. Tu vives não lá fora, mas dentro de mim, numa luzidia aurora".


3- "Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer".
O Galo Velho responde:
"  Não paro de culpar minha vida miserável, pois sem que o digas, sei que sou pecador insaciável. A sexualidade foi boa na minha reprodução, mas não foi nela que encontrei teu amor e minha absolvição".


4- "Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro".
O Galo Velho responde:
"Busco por Ti nas Escrituras Sagradas, como te busco no amanhecer. Também nas paisagens, nos amigos e no meu sangue, num eterno renascer".

Serão 23 capítulos, portanto, será como os seriados do Cine Coliseu do velho Buchowski. Tenham paciência e tolerância, com quem procura pela verdade







domingo, 18 de agosto de 2013

Boletim 139

ABRINDO A PORTEIRA.
"Seja feita a Vossa vontade".
Sei que poucos oram. Então estarei me referindo, mais do que aos outros. Interpreto o Pai Nosso como uma oração de resignação. O Silveira Bueno diz que resignação é a coragem para enfrentar a desgraça, pois afirmo que é nesta hora, que maioria lembra de rezar. Pior é que por sofrerem, rezam com tristeza, quando a oração deve ser alegre. Não consigo rezar sem sorrir. Por que levar ao Pai nossas tristezas? Julgo que mais temos recebido dEle, do que nos tenha tirado. Concluo, que só quem nos dá tem direito de nos tirar.

GALPÃO.
Meus ancestrais.
Creio que o texto encontrado em um velho arquivo já tenha sido publicado, mas velho está sempre repetindo. Lá no Galpão do Galo Velho cultivamos a imagem da nossa ancestralidade, pendurada no quarto do "Vô Mário". Assim deixo a foto de meus quatro avós, lembrando que "somos" porque os cultivamos, pois os marginais ignoram o nome dos próprios pais. Abaixo um poema de Apparício da Silva Rillo, que ao meu juízo é o melhor de todos.










Vovô Ney Xavier Azambuja e vovó Fustina Pereira da Silva Azambuja, meus avós paternos. Na outra foto, vovô Adolfo Luiz Pereira da Silva e vovó Anna América Centeno da Silva, meus avós maternos. Apresentei outro dia as minhas "crianças", agora os mais velhos.

Sucessão.
Ser não é ter sido, ou perceber-se na estampa dos retratos dos avós.
É estar além do vidro das molduras, numa projeção muito além do próprio ser.

Guardo armas no meu íntimo armorial, brasões de sangue do meu velho clã.
Minhas batalhas são as vésperas de hoje, na projeção imprevisivel do amanhã.

Ter sido não é ser, ou apegar-se ao veio e as raízes dos avós. É ser a rama que brotaram deles, para dar sombra aos que virão de nós.

FECHANDO A PORTEIRA.
Sem contar histórias vou fechando a porteira, com as bênçãos do Arquiteto dos Mundos, rogando por nosso amanhã pleno de PAZ e RESPEITO. 

domingo, 4 de agosto de 2013

Boletim 138

ABRINDO A PORTEIRA.
Meditação.
Sei que o tema já foi abordado, mas procurem me entender, não escrevo para convencer vocês, escrevo para convencer a mim mesmo. Quando a gente escreve vale por dez meditações. Vou colocar minhas regras: 1º) - Silêncio total. 2º) - Um local agradável. 3º) - Na parte da manhã, o mais cedo possível, mas quando a luz já tenham vencido as trevas. 4º) - Procurem meditar no hoje, pois o amanhã é imprevisível. 5º) - Orem. 6º) - Meditem bom. 
Sei, está incompleto. Estou procurando, e vocês poderiam me ajudar.

GALPÃO.
Meditação.
Ali é que medito a pleno. As trevas da noite muitas vezes me perturbam, pois costumo madrugar faça frio, calor ou chuva, desde que eu tenha um fogo forte. No Galpão do Galo Velho persiste o passado. Busquem um lugar que tenha passado, pois as pessoas ao partirem, sempre deixam algo de si. 
Lá em cima pedi para vocês me ajudarem, mas entendam a razão do meu meditar. Não peço nada, absolutamente nada ao meditar, buscando apenas construir o meu interior. Costumo ofertar a Deus, até mesmo o pouco que possuo. Julgo isto importante. Conheço gente que medita buscando fazer o mal a outrem. Outros buscando uma realização material. Quando iremos entender que nada nos pertence, e que um dia iremos prestar contas de nossas existências!

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
A Paz.
Ainda vou me reportar a faixa ai do lado, com os Mandamentos do galpão. O segundo mandamento é a PAZ. Relacionei nela a Invernada do Esquecimento, onde deveremos chegar com o coração repleto do puro amor. Já fui criticado por um primo dizendo que o termo não existe, e que eu deveria retirá-lo dos boletins. Afirmo que ele existe, pois todos nós seremos esquecidos um dia, assim como esquecemos nossos velhos antepassados. 

FECHANDO A PORTEIRA.
Amizade.
(Copio abaixo da Wikipédia) 
Amizade (do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego) é uma relação afetiva, a princípio, sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo.

Fiquei com vontade de incluir na Wikipédia, que a relação afetiva que retrata, pode ser também virtual. Imagina um homem de oitenta anos reconhecendo esta verdade, pois tenho vários amigos virtuais, que não conheço pessoalmente, aos quais dedico afeto. Outros são parentes que não vejo há muitos anos, mas que mantemos as amizades, neste longo e emaranhado caminho da internet.  

sábado, 27 de julho de 2013

Boletim 137

ABRINDO A PORTEIRA.
A amargura e a doçura...
Quantas vezes a amargura salivou em minha boca, e quantas vezes a cuspi fora! Quantas vezes a doçura também salivou, e busquei segurá-la em meu íntimo? Quem bebeu desta taça sagrada conhece bem o seu simbolismo. Sabemos que a felicidade e a tristezas são momentos, e eles se misturam, por vezes no mesmo dia. Mas num dia especial como de hoje, que nos impregnamos de amor, de fé e de esperança, testemunhando a palavra do Santo Padre, o Papa Francisco, não pode haver dúvidas quanto ao sentido de nossas vidas. Ela é vida espiritual. O resto é falso, passageiro, fútil, até mesmo inútil. Na verdade nos sentimos leves, indiferentes aos próprios problemas, pensando apenas em amar nossos semelhantes.  

GALPÃO.
º 
Precisando voltar no tempo, percorro espaços do galpão, e recordo os momentos que me fazem feliz. Ali estou gravando no 6º livro de atas, em meu colo, o registro dos fatos que estavam ocorrendo. Acolhia-me um banco tosco, vestido com o macacão de trabalho e vigiado pelo Tupã, aos meus pés. Naturalmente que ele é manso, pois todo cachorro é parecido com o dono. Hoje o Santo Padre, o Papa Francisco é o nosso dono, procuremos ser parecidos com ele.

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
O Respeito.
Se olharmos a faixa na direita do blog, encontraremos o primeiro mandamento do galpão - "Respeito, para mantermos a amizade e alcançarmos a Paz". O dicionário descreve respeito como  - veneração, submissão, mas veneração é culto. Então, ali mantemos um culto, que é o respeito às nossas tradições gaúchas. Cultuamos o fogo de chão com seu lume que não apaga, a porta sempre aberta, onde não temos distinção de raça, religião e partido político. Somos todos irmãos, mesclados na amizade, que é forjada na lida do campo, onde o suor do patrão se mistura com o suor dos empregados. É a simplicidade, chama que alimenta o amor, e que habita em nosso Papa Francisco.

FECHANDO A PORTEIRA.
O Papa Francisco.
Fechemos a porteira orando pelo Papa Francisco, na prece eterna de Amor à Cristo, Amor ao Próximo, e Respeito a nós mesmos. Ele está viajando para o Vaticano, e nós seguimos seu rastro, buscando o amor de Cristo.  

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Boletim 136

ABRINDO A PORTEIRA.
Simplicidade gaúcha.
Como simplicidade é a postura do Papa Francisco, vamos nos reportar à simplicidade do gaúcho. Recordemos de nossos antepassados, que se vestiam com simplicidade, com seus aperos, cuias e bombas sem os enfeites de prata e ouro, como se vê comumente no gaúcho da fronteira. por serem certamente mais ricos que os da nossa região Centro Sul. Fui criado em Camaquã numa fazenda muito rica, a Invernada, de meu avô Ney Xavier de Azambuja, que guardava o dinheiro sob o colchão, pois as porqueiras dos bancos ainda não haviam chegado por aqui. Também não se tinha onde gastar, salvo nas carreiradas, ou nas poucas pulperias, já que a vila ficava distante. Vivíamos a família. A aproximação entre seus membros ocorria não só nas refeições, mas durante todo o dia. O respeito era pela ordem hierárquica, e até mesmo as velhas empregadas eram respeitadas. Se tudo aquilo era bom, caberá estudo em outro capítulo, mas posso afirmar que se vivia em harmonia, pelo respeito, que é lema do Galpão do Galo Velho. Alguns “mascavam o freio”, mas para mim serviu como exemplo de dignidade.

GALPÃO.
Fico contemplando o fogo forte do Galpão do Galo Velho, para que eu possa acalmar o frio aqui da cidade, sem um fogo por perto, só com estas "labaredas" elétricas. Então a calma da cadela preta se aquentando nele, me faz reconhecer que Galpão sem cusco não é galpão.

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Teimosia dos Azambuja.
Por certo esta também já saiu, mas vou repetir.
O causo me foi contado pelo Tio Fay (José Olavo, casado com a irmã mais velha de meu Papai Mário, chamada Marieta), que por inteligente e criativo, gostava de descrever "floreando" as teimosias dos Azambuja.
A fazenda mãe dos Azambuja foi a Invernada, aqui em Camaquã, junto às margens do Banhado do Colégio, com seus campos alagados inverno e verão, estabelecendo a grama boiadeira nos banhadais, que engordava o gado no inverno. Daí originando o nome da Fazenda da Invernada.
Era um dia quente de verão, que fazia silenciar os pássaros, e tremer o horizonte da grande várzea. Na fazenda junto à sombra de um cinamomo, corria o mate de mão em mão, na esperança de aplacar as sedes. O açude refletia o brilho do Sol forte, moldado pelos muitos galhos dos salsos chorões, plantados em uma pequena ilha. O Cel. Ney contemplando o calmo das águas, disse:
- Olhem que grande jacaré bóia ali no açude.
- Aquilo não é jacaré. É toco Papai. Retrucou o filho Neyzinho.
Armou-se o grande circo. É toco, não é toco. É jacaré, não é jacaré, é toco. Entrou mais gente na teima e ferveu o angú. Tio Neyzinho desrespeitando o calor, de mansinho foi ao galpão, retornando montado no seu tordilho, já com o laço armado, dando um certeiro tiro na “coisa”. Tal o calor que ninguém chegava para perto do açude. De arrasto para a beira do aramado, veio a coisa para admiração e espanto de todos. 
Tio Neyzinho berrou.
- Então Papai não disse que era toco!
Empilhando mais desconforto na roda, o velho caudilho sacou do seu nagão 44 descarregando-o, sobre o “pobre e indefeso” toco, aos gritos.
- Tira este bicho daqui.” A

FECHANDO A PORTEIRA


Vou apresentar dois amigos, pois dizem que aos filhos devemos ensinar o temor, depois o respeito, para serem nossos amigos por toda a vida. O de óculos é o “Magrinho”, que nasceu Luiz Fernando Azambuja Júnior (1958), e o de bigode é o “Castiano”, que nasceu Luis Mário Azambuja (1961). Outra hora mostrarei meus netos. Desculpem, mas não há nada mais lindo na vida, e sei que na de vocês também ocorre o mesmo, entretanto, como eu é que estou com “a pena” na mão, terão de me entender. Os dois se declararam meus “colegas”, um se formou agrônomo, e o outro veterinário, pela ordem, e isto aconteceu quando ensinei que fazendeiro não é profissão, pois perdida a terra eles não sabem o que fazer na vida. Ainda não perdi a terra toda, resta um bom “naco”, mesmo assim lá eles não se “viram” mais, pois não dá sustento para as três famílias. Imaginem agora um infeliz "sem terra", com um "naquinho" de 25 hectares. É só comprar um 'fusquinha', e não sustentam nem a gasolina, o governo que se vire...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Boletim 135

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Creio que esta longa história já foi contada, mas é coisa de velho andar repetindo. 
Perdi minha Mamãe quando criança, nos meus 14 anos de idade. Poucos meses depois ao me preparar para viajar a POA onde iria estudar no Colégio Farroupilha, morando no Hotel Metrópole, em um quarto sombrio e solitário, recebi a visita de uma tia, Mariá Azambuja Paranhos, irmã de meu Pai e amiga íntima de minha Mamãe. Uma carola que mandava na Igreja Matriz São João Batista, mandando mais que o padre. Então esta tia veio me dizer, que eu necessitava rezar muito por Mamãe, porque ela não estava no céu, pois havia morrido em pecado mortal. A terra se abriu aos meus pés, faltou ar nos meus pulmões e o sangue coagulou no meu corpo. Deus passou a não existir, pela maldita rejeição a quem era minha própria vida. Meu erro foi crer nas palavras da tia carola. Algum tempo depois ao interrogá-la descobri, que o pecado mortal da Mamãe fora “evitar filhos”. Pecado mortal cometia a própria Igreja Católica. Passei a ser um ateu. Pior, blasfemador. Não permitia que alguém me falasse em nome de Deus. Quando casei dez anos depois, as famílias fizeram com que me “confessasse” para tomar a santa comunhão. A confissão ao padre Barlen foi um desastre. Aconteceu assim: “Padre não roubei e não matei, o resto o senhor pode debitar na minha conta”. Quase fui expulso da igreja. O homem só acalmou quando contei a história da minha heresia, e da “pouca prática” da tia carola. Ele terminou me abençoando e me ofertando o corpo de Cristo, mas não me converti. Continuei ateu. Em 1964 entrei para a Maçonaria, ocasião em que fiz contato com a mais linda das ritualísticas, no primeiro contato com a frase: “Conhece-te a ti mesmo”. Depois aquela pergunta: “Nos momentos de maior perigo em sua vida, em quem mais confias?”. Respondi que em Deus! Aí acendeu minha VERDADEIRA LUZ. Lembro que alguns dias após, num domingo, estando sob uma ramada de minha casa em Camaquã, olhei para minha bela esposa Jane, e meus dois filhos sadios, me interrogando: “Mas que Deus malvado é este, que depois de todas minhas blasfêmias, me oferta a família que tenho, e a vida feliz que levo?”. Naquele momento convidei minha Jane para irmos à missa, e desde então sou eu quem a convida para nosso recolhimento espiritual. Depois desta longa e cansativa história, desejo fazer um arremate, me transportando aos dias de hoje, sessenta anos passados. É necessário focarmos duas ou três gerações passadas, para concluirmos, que felizmente não existe mais aquele “tacão” sobre as cabeças das crianças. Para quem não sabe, tacão é o salto de uma bota, comprimindo um inocente pescoço infantil. Era a força do braço, único e indispensável sustento para a sobrevivência da época. Depois, a outra força mais destruidora, a da autoridade eclesiástica. Só quem viveu naquele tempo, para dar um testemunho de vida.
Hoje observo a personalidade de meus netos, e os mais jovens poderão observar dos seus filhos, na conclusão indiscutível que as coisas melhoraram, e em muito, pois apesar do medo da violência, e do desequilíbrio social, estamos nos encaminhado para um futuro promissor, onde a ciência e a técnica conduzirá o homem a um estágio mais elevado na civilização.
Ainda tememos pelo nosso pouco preparo cultural, o desmantelo da família pela falta da presença dos pais em seus lares, o descaso das autoridades públicas com o analfabetismo e a saúde pública. Nem tão difíceis, estes males terão solução, pois mais difícil será solucionarmos o “medo psíquico”.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Boletim 134

ABRINDO A PORTEIRA.
A música.
Se me perguntarem digo as sete notas musicais, mas sou incapaz de juntar duas em um instrumento musical, entretanto, adoro música. Isso me faz lembrar de um poeta, que disse certa feita, que tão poeta é o que gosta de poesia, como aquele que a compõe. Então sou musicista. Para alegrar os musicista cliquem em

 http://www.youtube.com/embed/e-y581HdWfY?rel=0


GALPÃO.
O retorno.
Mais de dois meses se passaram, sem pedir a bênção dos ancestrais, que dormem na ronda do fogo eterno, lume do templo interior, que permite nossas mentes entender o significado da vida. Corria solto o minuano por entre o arvoredo, enrijecendo o corpo e alimentando a vida, até mesmo com o canto triste da juriti num galho da paineira, testemunhando o compasso das horas. Na solidão do galpão, no silêncio de mim mesmo, e sorrindo, bebi o passado lindo, que o Senhor dos Mundos me ofertou na vida. O passado é o maior dos alimentos do presente. Tudo estará renascendo, ou melhor, recém está começando. Registro abaixo minha conversa com aquela gente, que plantou o lenho para as labaredas quentes.

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
O Galo.
Recebi do Irmão Cony o simbolismo do galo:
"Ele representa o Mercúrio, princípio da Inteligência e da Sabedoria. Essa ave é, também, um símbolo da Pureza. É um gerador da esperança, o anunciador da ressurreição, pois seu canto marca a hora sagrada do alvorecer, ou seja, a do triunfo da Luz sobre as Trevas. Também simboliza a Vigilância, que é o papel que devemos desempenhar na sociedade".
Imaginem agora um Galo Velho, como este que nos abriga. 

FECHANDO A PORTEIRA.
O ocaso.
Parece que o inverno é o símbolo do ocaso, daquele que nasceu com a primavera, amadureceu com o verão, envelheceu com o outono, e veio morrer com o inverno. Mas como o fim não existe é o renascer para uma outra vida. 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Boletim 133

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Nossos filhos.
Devo retroceder à boletim anterior, onde conclui, referindo-me aos dias modernos, com a frase: talvez mais difícil para a criação de nossos filhos.
Indiscutível que a humanidade está evoluindo. Assim retorno ao assunto, para testemunhar que os jovens de hoje estão muito mais desenvolvidos. Não só física, como mentalmente. Julgo que isto se deve a LIBERDADE. Sim, escrita em maiúsculas! Ela é a busca dos homens por todos os séculos. 
Os jovens de hoje estão sendo criados com mais liberdade. Aqueles da minha idade, procurem lembrar do quanto éramos tolhidos em nossas liberdades. Tudo era proibido, e obedecíamos a todos. Os jovens de hoje são desobedientes? Pois eles estão percorrendo caminhos que os velhos de hoje, só percorreram aos trinta ou quarenta anos. Se isso também torna mais fácil os desvios sociais, reconheçamos que se desviam apenas os que desconhecem as VIRTUDES. Também em maiúsculas, pois elas são os únicos caminhos limpos, que a humanidade pode trilhar.  

AVISO.
Depois de dois meses estou retornando esta semana ao Galpão do Galo Velho, ao lado de minha amada amante Jane, e abraçados escutaremos o crepitar das labaredas de um fogo forte.

sábado, 15 de junho de 2013

Boletim 132

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O pensamento.
Repito, o pensamento é a nossa ligação com a alma, e a alma é a ligação com Deus. Será que podemos comandar o pensamento? Que outras influências atuam sobre ele? A alma certamente tem a sua influência, pois os dois estão interligados.  Quem domina o pensamento? Alguém consegue "zerar" o pensamento? Sempre ao dormir faço esta tentativa, mas não consigo bom domínio sobre ele, e quando consigo, meu sono é  tranquilizante. Sei que o ideal é dormir com coisas boas no pensamento, mas é muito difícil. Alguns dormem com o pensamento voltado para coisas ruins, como por exemplo a vingança. Coitados. Vamos meditar em nossos pensamentos, e assim nos ligarmos com nossas almas, para termos pensamentos tranquilizantes. Muitos se livrarão dos psicotrópicos. Que assim seja.


A pressa.
Não sei onde vamos parar. Sei. O final será no cemitério, mas porque tanta pressa assim? Já nem me refiro ao trânsito, e sua pressa mortal.  Estou falando de nossa saúde, que começa com uma refeição apressada e mal digerida, por mal mastigada. Reparem que é uma ou duas voltas, e lá vai tudo para o coitado do estômago, com a dura tarefa de triturar aquela montanha. Outro dia almoçando em um bufê, localizado junto de uma emergência do SUS, sendo ele "livre" e por apenas quatorze reais, reparei nos pratarrões servidos por aquela pobre gente. A maioria extremamente barriguda, ou gorda. Tudo é uma questão de educação, pois observem que em um mesmo bufê, servido por gente mais civilizada, os barrigudos são poucos, e os pratos não são montanhosos.  Educação. Educação. Só assim teremos um Brasil melhor.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Boletim 131

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O amor.
Sei que não vai ser fácil abordar este tema. Ele anda de boca em boca, momento à momento no nosso dia a dia. Afinal o que é o amor? Que sentimento é este que nos assalta a toda hora e lugar? Talvez vocês venham a me contrariar, e eu gostaria que o fizessem, pois vou dar meu testemunho. Sou casado com minha Jane há 56 anos. Ela sofreu uma grande cirurgia e convalesce há dois meses aos meus únicos cuidados. São 24 horas com ela em meu pensamento, e não faço outra coisa qualquer. Então eu a amo. Amo profundamente, mas este amor não me pertence!!! Amor não é propriedade de quem ama!!! Ele é oferta total. Amor é um sentimento que pertence única e exclusivamente a Deus!!!
Parece-me, que se a humanidade entendesse isto, haveria a PAZ MUNDIAL, pois o mal que devassa o Mundo é a cobrança daquilo que fazemos por amor. Quando se ama, não pode haver cobranças, pois tudo que fazemos é feito em memória de Deus. Isto ficaria mais claro, se entedêssemos que nada nos pertence. Tudo pertence a Deus, que um dia nos receberá de mãos vazias, e os corações plenos, ou não, de AMOR.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Boletim 130

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Contrariando.
Parece que ando contrariado. Já contrariei os dicionários e agora vou contrariar o Paulo Santana, aquele que me inspira em suas crônicas, e alimenta o meu imaginar. Na última, neste dia 15 de maio, fala que dentro dele tem um Deus e um diabo, que promovem ora o bem, ora o mal. Diz ainda que a Bíblia reconhece a existência do diabo. Não creio. Se ela reconhece, eu não reconheço o texto da Bíblia. O diabo não existe! Deus foi tão perfeito ao criar o mundo, que entendeu ser impossível uma vida só com o bem. O mal deveria existir, para entendermos o verdadeiro significado da vida. Se houvesse apenas o açúcar sem o sal, não saberíamos apreciar o seu sabor.  Então, nossas vidas são saborosas porque convivemos com os opostos. Sei que muitos de vocês irão dizer, que não há equilíbrio entre o bem e o mal. Certas pessoas convivem mais com o sofrimento do que outras, que só desfrutam de alegrias. Não sei explicar isso. Minha religião diz que haverá compensações àqueles que souberem se resignar ante o sofrimento, ofertando-o a Deus. O que sei é que os felizes estão sempre agradecendo por suas felicidades. As pessoas querem que as coisas boas sejam de Deus, e sofrendo a coisa é do capeta.
 Falando em resignação, outro dia numa reunião de Rotary, no desempenho de um protocolo, afirmei que "resignação é o perfume da felicidade". Pedi na ocasião que meus companheiros e companheiras meditassem sobre o tema, buscando aperfeiçoar aquela afirmativa. Meditei mais ainda. Os resignados não são vitoriosos na conquista de bens terrenos, mas são vitoriosos na conquista de bens espirituais. Daí, volto a meu velho tema de sermos felizes.  Não quero dizer que devemos jogar tudo para cima, vender o que temos, para seguir um Cristo Jesus, como fez um discípulo, que não lembro mais o nome. O que devemos é buscar um equilíbrio em nossas vidas. Equilíbrio é o que não nos deixa cair.

GALPÃO.
Justificativa.

Como estou há mais de mês sem chegar no meu Galpão do Galo Velho, sem escutar o linguajar de suas labaredas, desfrutando de um bom mate, no tosco de seus bancos fico apenas curtindo sua saudade, e não me reporto as Histórias Que Me Contaram. Logo, tudo passará.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Boletim 129

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A superação.
Parece que estou implicando com os dicionários, mas creio que superação não é vencer, superar, levar vantagem. Os dicionaristas esquecem que a vida não é só matéria, pois um espaço idêntico, ou ainda maior, existe em contrapartida, alimentando uma sobre-vida.    Em primeiro lugar, para haver a superação temos de entender o obstáculo, usando a razão antes mesmo da emoção. Creio que nestas horas, quem "conhece a si mesmo", irá primeiro raciocinar, para depois expor as suas razões. Parece que necessariamente não somos obrigados a vencê-lo, ou mesmo ultrapassá-lo, pois bastaria contorná-lo. Assim haveria mais dignidade de quem resolveu o problema. Desde a mais remota origem do homem, ele luta para ser o vitorioso, atavismo de nossos ancestrais, principalmente na conquista da fêmea.  Hoje somos forçados a aceitar que os tempos mudaram, e mudaram tanto, que as fêmeas já estão conquistando os machos. Onde está a necessidade de sermos superiores, vencedores, e levarmos vantagem? É do conhecimento dos sábios, que só conseguiremos a PAZ MUNDIAL, no dia que nos tornarmos irmãos, sem superar nossos semelhantes, agindo com respeito e dignidade. O difícil é superar a nos mesmos.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Boletim 128

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
As Donas de Casa.
Devo confessar que o assunto é para homem, mas nada impede que as mulheres "escutem". Com a alta de minha esposa, e chegando em casa, assumi as funções "de dono de casa". Copa, cozinha, lavanderia, faxineiro, porteiro-telefonista, para não falar nas funções de enfermeiro, a qual nem quero comentar. Comecei ferindo um princípio campeiro, pois meus ancestrais diziam que o gaúcho não deve se negar em ajudar a esposa nas lides domésticas, mas um serviço ele não deve fazer - estender a cama! Mas vamos lá ao "causo". Tudo virou numa braba rotina. As máquinas tomaram conta do serviço doméstico, enquanto naquele meu outro tempo, as coitadas nem sabiam por onde começar. Virou tudo em triste rotina. Fiquei matutando no acontecido, e concluí que hoje as mulheres se jogaram ao serviço dos homens, para fugirem do "mal do alemão", pois dizem que a rotina é a primeira causa do Alzheimer.  Nada melhor do que vermos nossas mulheres dirigindo seus carros, fazendo suas compras, ganhando dinheiro, até mesmo para pagar uma doméstica, que realizará os malvados e rotineiros serviços da casa. Além de conquistarem a liberdade da rua, conquistaram o nosso respeito, e mesmo que tenhamos perdido o mando sobre elas, somos forçados em reconhecer que a vida ficou mais fácil, talvez mais difícil para a criação de nossos filhos.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Boletim 127

ABRINDO A PORTEIRA.

Tudo Passa. 

Mesmo tendo afirmado que o fim não existe, tenho de reconhecer que Tudo Passa. Lembro de um velho ditado dos meus ancestrais: "Não há mal que não se acabe, e nem bem que sempre dure". Aprendi então a mentalizar nos momentos difíceis, que Tudo Passa, assim como aprendi, que nos momentos felizes devo jogar esta afirmativa para bem longe. Sei ainda o quanto é difícil não reclamar das coisas ruins, e como é fácil agradecer a Deus pelos momentos de felicidade. Então, se o fim não existe, é porque nossas vidas não se acabam com a morte, quando gozaremos ou sofreremos, com o bem ou o mal que aqui praticarmos.
No meio desta "faina" toda recebo de um amigo a frase: "Mas irás te anular?" Fiquei matutando, como sentado num dos bancos rústicos do meu Galpão do Galo Velho, apreciando o cantar das labaredas. Será mesmo que eu existo? O que será que me pertence nesta existência linda? Minha fazenda, automóvel, apartamento, meus amigos, minha própria família? Será que toda a luta que faço é para aumentar meu patrimônio? Quem sabe será para ser mais amado por aqueles a quem me dedico? Talvez minha existência tenha um sentido social, mas sinto vontade de afirmar, que nada me pertence, e que eu mesmo não exista, lamentando com isto algum desprezo, por alguém que me ame. Sim, eu existo, mas para ofertar todos meus sacrifícios e amores àquEle, que reside dentro de mim, e em cada um de vocês, fazendo com que nossos sentimentos se irmanem, e nos tornemos mais fraternais, promovendo a PAZ UNIVERSAL. 


FECHANDO A PORTEIRA.


Hospitalidade


Dirão que não tem nada com a hospitalização do boletim anterior, mas fui pesquisar, e a Wikipédia diz que na Idade Média havia o "Hotel-Dieu", e que só no século XII os franceses criaram o nome "Hôpital" derivado do latim "hospitale" relativo à hospede e hospitalidade. Assim, os hospitais deveriam primar muito mais pela hospitalidade, principalmente nas sofridas emergências.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Boletim 126

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
HOSPITALIZAÇÃO.
Experimentem treinar vossas paciências, dando baixa em uma emergência hospitalar, fora dos sábados e domingos. Minha esposa amiga, de 56 anos de conjugação amorosa, foi surpreendida com uma infecção intestinal, quando fomos à emergência de um hospital de primeiro mundo em Porto Alegre. Tudo repleto, naquela agitação calma, se assim posso me expressar. Todos, se não medrosos, ali ficam assustados, e se fecham dentro de si. O pior é a maioria não saber ofertar seus sofrimentos, buscando reclamar de alguém, ou de alguma coisa. Mais difícil ainda é compreenderem que somos apenas uma vil matéria, abrigando "Tudo". Doze horas depois conseguimos nossa baixa, que foi uma baixaria, pois estávamos sem "lenço e sem documento". Minha paciência continuou testada, assessorando minha querida perfeccionista, num ambiente imperfeito, por mais que o bom hospital tentasse contentar seus "impacientes". Os profissionais são impessoais, o que julgo necessário, não se envolvendo emocionalmente com seus pacientes. Numa das salas enfatizou a enfermeira: "Aqui o senhor não pode entrar", ouvindo: "Quem pensas que és para separar um casal de 56 anos de união?". Antes de terminar seu susto, concluí: "Mesmo assim eu vou permitir". Passei a matutar sobre o ocorrido, em uma cadeira fria -  Quando se ultrapassa a paixão, e até mesmo o próprio amor, para se chegar na verdadeira amizade, completamos o ciclo da vida - Então, nem mesmo a morte nos separa. 

sábado, 30 de março de 2013

Boletim 125

ABRINDO-GALPONEANDO-NA HISTÓRIA E FECHANDO.

O Perdão.



Nosso Galo Velho, que nasceu Cristino Gonçalves, era filho de escravos, dos descendentes do General Bento Gonçalves, quando da tomada de Uruguaiana na Guerra do Paraguai. Homem simples do campo, mas como escrevi em boletim anterior, de uma bondade infinita. Foram várias as nossas charlas em rodas campeiras, enquanto ele "tenteava" um churrasco gordo, no brasedo vermelho do fogo de chão. Sempre me chamava de menino, e lembro de uma conversa que tivemos, mais ou menos assim:
"Menino, no meu tempo de criança, na Fazenda do Cristal, assisti meu pai apanhar muito. Depois, quando ele chegava no rancho dizia pra gente: 'Eles podem machucar o meu corpo, mas minha alma não irão machucar nunca.' Foi preciso deixar o tempo passar, para que hoje eu entenda o que ele queria dizer - que não guardava ódio daqueles que lhe feriam. Assim também aprendi a perdoar aos que tentam me machucar. Não sou mais escravo, desde que o Cel. Ignácio Xavier Azambuja nos comprou do filho do Gal. Bento Gonçalves, mas mesmo não mais apanhando, a gente sofre agressões, por ser negro, pois isto ainda tem um preço alto".
A mensagem desse negro escravo chegou em minha lembrança, justamente em plena Páscoa, quando Cristo sofreu os grilhões da crucificação,  e  lá do alto da cruz perdoou todos nossos pecados. Certamente porque não guardou ódio daqueles que feriam seu corpo.
Espero que vocês também possam me perdoar, mas eu não imagino ofertar meu outro lado da face, àqueles que esbofetearem o lado oposto. Vocês conseguem? 



sábado, 23 de março de 2013

Boletim 124

ABRINDO A PORTEIRA.
A Páscoa.
Em boletim anterior me referi as alegrias nas comemorações da  Páscoa, numa contradição à morte de Cristo. O Natal pelo nascimento dEle, já não havia tanta alegria como deveria. Pois bem, depois de meditar reconheço, que tudo deve ser alegria, pois o que comemoramos na Páscoa não é a sua morte, e sim o seu renascer, no simbolismo de que nossas vidas, um dia também terá o seu renascer, no encontro com Deus. Comemoremos o renascer de nossas três virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade. Salve nossa Páscoa!

GALPÃO.
A meditação.
Certamente, poucos dos que estão lendo fazem meditação. Sabemos que ela é uma prática milenar dos povos orientais, nos quais encontramos suas imensas sabedorias, consequência de profundas meditações. Hoje não dispomos sequer de tempo para meditações, o que dirá de um local para isso. Os mais jovens poderão dizer que estou voltando ao "outro tempo", quando realmente tínhamos mais tempo para meditar. Reafirmo que adoro os tempos modernos, mas me indisponho com esta falta de tempo, nesta correria para podermos desfrutar de suas caras tecnologias, que o mundo moderno nos impinge. 

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
A impertinência.
Não é bem uma história que me contaram. É uma história que vivi. Então retorno aquele "outro tempo", quando costumava ouvir meu avô Ney usar amiúde da expressão "tu és um impertinente". Hoje já se vai logo chamando de louco, e por aí à fora. Já sei, os mais jovens que me leem, estão pensando no meu  "outro tempo", e eu volto a me defender, afirmando que lá as coisas não eram melhores do que hoje, mas havia mais respeito, até mesmo nos xingamentos.

NÃO TEM MAIS PORTEIRA FECHADA...
..mas fica a permanente mensagem de AMOR-








sábado, 16 de março de 2013

Boletim 123

ABRINDO A PORTEIRA.
Feliz por nada.
Sou humano do auditório da Martha Medeiros, que escreveu um artigo com o título acima. Felicidade é  meu tema preferido, e afirmo que ela é o significado de nossas existências. Deus aqui nos colocou para sermos felizes, nada mais. Agora, como se faz isto e qual a sua fórmula, tem sido o quebra cabeças de muitos estudiosos do assunto. Apenas sinto a felicidade, como se ela fizesse parte do meu viver. Já escrevi lá atrás, que ela está fora de nós. Está sobre nós, e poucos têm mãos para alcançá-la. Muitos, com tudo para serem felizes, e não são. Outros, sem nada, e nadam na felicidade. Já escrevi também, que a causa está em nossas consciências, e o segredo está no "verbo", com o qual conversamos com ela. 

GALPÃO.
Madrugada.
Gosto de me reportar ao passado, sentindo que ele é que alimenta a minha alma. Felizes são aqueles que têm passado velho, passado distante, pouco importando se de muito ou pouco sofrimento. Mas vamos lá para o Galpão, naquele tempo em que os patrões conviviam nele, encilhando suas montarias junto com a peonada, distribuindo os serviços, nas madrugadas campeiras. "Enquanto a chaleira chia, coberta de picumã, emponchada no brilho da alvorada, boleia a perna a dona madrugadas, para abrir a cancela da manhã". (Apparício Silva Rillo). Hoje poucas fazendas mantêm seus galpões. Os empregados moram por perto, nas vilas, chegando em suas motos, ou mesmo de automóveis. Não existe mais o lazer de uma roda campeira, em torno de um fogo de chão, quando um espeto de pau assava um naco de carne, na fantasia das churrasqueadas. Sei, temos de viver o dia de hoje, mas aquele passado alimenta meu viver.

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
A gorjeta de Bill Gates


(Mais uma recebida do atento Huldo Cony Filho).
Conta-se que certo dia Bill Gates foi ao restaurante junto com sua esposa e filhos, duas meninas e um garoto. Eles sentaram-se em mesas diferentes, mas foram atendidos pelo mesmo garçom.
Durante o jantar tudo ocorreu normalmente. Depois de pedir a conta, Bill a pagou na mesa, deixando para o garçom uma gorjeta de 5 dólares. O que deixou o homem com uma cara estranha e que chamou a atenção de Bill, que perguntou: 

- “O que houve?”

O garçom respondeu: 
- “EU acho um pouco estranho, pois seus filhos me deram 500 dólares de gorjeta e você, sendo o homem mais rico do mundo, me deu apenas 5.”
Bill sorriu e falou: 
- “Eles são filhos do homem mais rico do mundo, eu sou filho de um lenhador…”

Moral: Jamais devemos esquecer-nos de onde viemos.

FECHANDO A PORTEIRA.
É porteira aberta...

domingo, 10 de março de 2013

Boletim 122

ABRINDO A PORTEIRA.
A Honestidade.
Outro dia um comerciante devolvendo meu troco: "Vou praticar um ato de honestidade devolvendo-lhe cinquenta reais, que me deu a mais". Respondi: "Estás fazendo mais bem a ti mesmo, do que a mim. Nossas virtudes não são intrínsecas, e só surgem após serem trabalhadas por nossas consciências, para depois as praticarmos, fazendo assim o nosso crescimento moral e espiritual". Não sei se aquele jovem comerciante me entendeu, mas certamente os leitores me entenderam.
  

GALPÃO.
A Querência dos Poetas Livres Vilmo Medeiros.
Nelson Bartz.
O parceiro Nelson partiu para a Invernada do Esquecimento, no  dia sete do corrente mês, com a idade de 59 anos, deixando esposa filhos e netos a prantear-lhe a morte. Nossa Querência estendeu a bandeira do Rio Grande em seu esquife, perfumando-o com uma coroa de flores. Nada mais restou além de guardar a lembrança de um bom chefe de família e querido amigo, na recordação de nossos muitos encontros campeiros. Pilchado ele baterá na porta do São Pedro, que lhe estenderá o pelego da paz. Abaixo, com seu eterno lenço colorado ao pescoço, ele empunha um pandeiro, no dia cinco de janeiro passado, no Terno de Reis que dedicamos ao amigo Odir Deantoni.


HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
O Terno de Reis.
(Copiada da Wikipédia)
Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi visitado por reis magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três "Reis Magos", denominados Melchior, Baltasar e Gaspar, os quais passaram a ser referenciados como santos a partir do século VIII(8). Em pesquisa literária, feita por Pergo, levantou-se que a tradição da “Folia de Reis” chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses, ainda no período da colonização. Essa manifestação cultural era realizada em toda a Península Ibérica e era comum a ocorrência de doação e recebimento de presentes enquanto eram entoados cantos e danças nas residências da época. Baseado nessa argumentação, a Folia de Reis teria vindo ao Brasil no século XVI, cerca do ano de 1534, trazido pelos Jesuítas, e servindo como um instrumento na catequização dos índios e, posteriormente, dos negros escravos.
Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos     Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro que, em alguns países de origem latina, especialmente aqueles cuja cultura tem origem espanhola, passou a ser a mais importante data comemorativa católica, mais importante, inclusive, que o próprio Natal. No estado do Rio de Janeiro, os grupos realizam folias até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião e padroeiro do Estado.

FECHANDO A PORTEIRA.

Ainda via ficando aberta...

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”